As acusações de assédio sexual em Hollywood trouxeram a discussão para a praça pública mas o que, para muitos, roça o limite do inadequado e do inaceitável, para outros, está longe de ser visto como tal, como revela um estudo agora tornado público pela Curtin University. De acordo com os dados apurados, as australianas não se importam que os homens lhes assobiem nem que lhes paguem bebidas e muito menos que lhes peçam para ter relações sexuais em conversa em eventos sociais.
Essa foi, pelo menos, a garantia dada aos investigadores por 74% das inquiridas. Apenas 26% das australianas se revelam contra essas práticas. No Egito, são 100%. Na Indonésia, 99%. Na Indonésia, 97%. Em Portugal, um dos países analisados, a percentagem chega aos 88%. "Estes resultados sugerem que a cultura pode afetar as interpretações pessoais do que é considerado inaceitável e intrisivo", afirma Adrian Scott, um dos coautores do estudo.
Para chegar a estes resultados, os investigadores do departamento de psicologia de uma das mais reputadas universidades canadianas interrogaram mulheres da Arménia, da Austrália, de Inglaterra, do Egito, da Finlândia, da Índia, da Indonésia, de Itália, do Japão, de Portugal, da Escócia e de Trinidade, a maior e mais populosa das 23 ilhas que formam o país Trinidad e Tobago. "Não há unanimidade no que se refere a estas questões", constata Lorraine Shridan, autora do estudo.
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