Em cinco anos, muito por culpa dos livros e dos filmes da saga idealizada por E. L. James, que integra «As 50 sombras de Grey» e «As 50 sombras mais negras», dois dos títulos de uma trilogia que fez sucesso à escala global, os ferimentos provocados por práticas sexuais associadas a atos de bondage e de sadomasoquismo quadruplicou. Antes de 2012, rondavam os 20%. Em meados de 2017, já atingiam valores na casa dos 80%.
A garantia é dada por Stephen Makinde, diretor clínico da clínica Perfect Balance em Londres, em Inglaterra, um dos maiores osteopatas britânicos. Os mais comuns são incidentes no chuveiro. «Temos constatado um aumento real de ferimentos associados a práticas sexuais. Antes, eram apenas uma pequena percentagem dos casos que tratávamos. É uma subida muito significativa», revela o especialista.
Por vergonha, muitos dos que o procuram acabam por não revelar a origem do problema. Apesar dos homens com mais de 55 anos estarem em maioria, a clínica onde trabalha também tem vindo a atender um número crescente de mulheres. «Temos visto de tudo no que se refere a acidentes sexuais, desde lesões no pescoço a fraturas no pulso, a entorses nos tornozelos e problemas nas costas», diz Stephen Makinde.
As hérnias também são comuns, assim como as zonas onde os músculos adutores da região pélvica ficam mais tensos. «As razões para o aumento das lesões sexuais são intrigantes», assume o especialista. «Ainda é um assunto tabu. Muitas pessoas não conseguem falar da sua vida íntima abertamente mas, para nós, é completamente indiferente se a pessoa se lesionou na cama ou a jogar squash», assegura o osteopata.
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