Pedir a pacientes que identifiquem fotos de pessoas famosas pode ajudar médicos a identificar traços precoces de um tipo de demência, segundo estudo publicado no periódico Neurology.
Especialistas da Universidade Northwestern, em Chicago, descobriram que “pessoas com afasia primária progressiva (APP) - uma forma rara de demência - em fase inicial tiveram dificuldades em identificar fotos a preto e branco de pessoas famosas, como John F Kennedy, Albert Einstein e Martin Luther King”, revelam no seu relatório final.
O reconhecimento facial tem ganho importância nestes estudos, mas deve ser adaptado a cada indíviduo. Por exemplo, uma pessoa com 45 anos pode não identificar tão rapidamente Frank Sinatra como uma pessoa de 70 cujo reconhecimento das figuras públicas atuais deve ser menor.
Outro dado considerado pela equipa de pesquisadores é o grau de notoriedade dos famosos: não identificar o Elvis Presley é tido como um sinal de alerta em qualquer adulto, dado a sua fama mundial. "Diferentes formas de demência podem ser difíceis de se identificar.
Estudos como este podem ampliar o nosso entendimento sobre como o cérebro é afetado, mas precisamos investir em mais pesquisas para que esses resultados possam ser usadas para um melhor diagnóstico”, afirma a médica Marie Janson, do grupo Alzheimer's Research UK.
Para Tamar Gefen, líder da pesquisa, o teste pode ser útil se somado a outros já usados por médicos para detetar a demência.
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