Ao princípio era estranho. Depois comecei a encarar com naturalidade o facto de despertar muitas vezes com a voz do pensamento a pronunciar convictamente uma certa palavra ou frase. Agrada-me bastante esta colaboração criativa que me chega do limbo da passagem do modo off ao modo on.
O que não era costume era que me chegassem as pérolas numa outra língua, como aconteceu hoje com o: (je) "te grandis."
Não me lembro de ter usado tal verbo, ontem, nas conversas literárias-filosófico-boémias que tanto me agradam. O certo é que acordei com o "quero fazer-te crescer" a soar como um despertador.
Pensava que escrevia para dar sentido à minha vida, numa espécie de adaptação livre do "live to ride, ride to live" em "viver para escrever, escrever para viver." Esta manhã fiquei a pensar que a escrita não é o destino, é o caminho! O objetivo não é escrever por escrever, comunicar por comunicar: é transmitir conteúdos que funcionem de facto como uma poção mágica de evolução e crescimento.
Fazer-nos crescer é, portanto, não só o mote do meu regresso à consciência no dia de hoje, como o resumo de tudo o que importa de facto. E crescer pode ser tão simples como pensar simplesmente que "está tudo bem, eu vou conseguir."
Ana Amorim Dias
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