Fátima Lopes encerra 3º dia de Portugal Fashion

Strazzera

16 out 2010 12:19

Atualidade

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No mesmo dia desfilaram as propostas de Katty Xiomara e Diogo Miranda para o próximo outono/inverno 14

Fátima Lopes encerrou o terceiro dia de Portugal Fashion com a coleção "Ad Naturam". Esta é uma coleção inspirada na natureza, nas suas formas, nos seus materiais, nas suas cores. Em tons terra e nude, misturados com azúis intensos e preto, vestidos, saias e calças são realçados com toques de verde, khaki ou verde água, passando pelo verde metálico, cor única do escaravelho. Os materiais são fortes. A lã, a cachemira ou até o tartan jogam e sobrepõem-se com a transparência da musseline e do voile. Assim, a mulher transforma-se numa criatura sublimada dentro de uma carcaça de segurança.

O dia começou por volta das 18h30 com os desfiles de Estelita Mendonça e Susana Bettencourt. Inspirado na ideia de que coisas vazias surgem de coisas vazias surge a coleção de Estelita Mendonça. Na procura da identidade confrontamo-nos com a necessidade da existência do outro e com a anulação do indivíduo pela uniformidade da sociedade. O termo packaging surge como perspetiva de futuro e como circunstância conceptual momentânea. Somos invólucros à espera de ser preenchidos.

Cerca de meia hora mais tarde foi a vez da jovem designer Carla Pontes apresentar as suas propostas na plataforma Bloom. Seguiu-se Katty Xiomara, com um novo desafio: este ano a marca tem uma “capsule collection” chamada “Peanuts played by Katty Xiomara”. As personagens da Peanuts (Snoopy, Charlie Brown e toda a sua turma) jogam espontaneamente em dueto com a marca mãe. Nesta coleção é também possível observar uma interpretação da informação gráfica utilizada no nosso ambiente urbano.

Por volta das 21h30 foi hora de um dos desfile mais aguardados da noite: Diogo Miranda. Nesta coleção está patente a identidade de Diogo Miranda como designer, composta pela sua herança e aprendizagem, enquanto processo aberto e contínuo. Mulheres com personalidade forte, imponentes na postura e no andar, que se destacam com facilidade e naturalidade. Tecidos estruturados contrastam com texturas mais leves e cinturas marcadas contrastam com formas amplas. Destaque para a falta de Sara Sampaio no line-up de modelos, presença habitual nos desfiles de Diogo Miranda.

Mafalda Fonseca, da plataforma Bloom, com a coleção "W". Esta foi uma visão sombria e deturpada, causada por todos os detritos provenientes de um pesado ambiente industrial. Todo o processo de criação, despejo, recolha, transformação e reciclagem destes detritos está patente na história visual e gráfica da coleção.

TM Collection by Teresa Martins foi quem se seguiu na passerele. "Alma mater" foi o mote da coleção inspirada em Portugal, reinterpretando numa visão contemporânea, global mas eternamente romântica. A pesquisa de motivos tradicionais de cerâmica (azulejaria) ou ourivesaria (filigrana) toma novos contornos em estampagens ou bordados, que enriquecem as peças de corte simples e solto. O brilho do ouro ou prata enaltece os tons escuros e sobretudo o preto das silhuetas mais justas e estruturadas. Surge uma coleção de grande inspiração tradicional, traduzida numa linguagem universal, que poderá ser vestida por mulheres no mundo inteiro e todos os dias.

“Ecdysis”, termo que designa o momento em que, em plena fase de crescimento, a serpente abandona a pele antiga para dar lugar a uma nova pele, dá o nome à coleção de outono/inverno14-15 de Carlos Couto, o designer que se seguiu na passarele, mesmo antes de Fátima Lopes,

Hoje a Alfândega do Porto recebe as seguintes coleções:

15:00 INDUSTRY:

BALLENTINA | CHEYENNE | CONCRETO by

Helder Baptista | MAD DRAGON SEEKER by

Alexandrine Cadilhe & Daniel Simões

15:30 Bloom: Teresa Abrunhosa

16:00 SHOES:

Dkode | Fly London | Goldmud e Alexandra Moura |

J. Reinaldo | Nobrand | Silvia Rebatto

17:00 Carlos Gil

17:30 Bloom: Claudia Garrido

18:00 Meam by Ricardo Preto