A história de Joram van Klaveren mostra-nos apenas uma coisa: vamos sempre a tempo de mudar de convicções e não há problema nenhum nisso.

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Durante sete anos, Joram van Klaveren defendeu na Câmara baixa as ideias do PVV. Nesse tempo, o partido "pediu que proibissem a burca e os minaretes, afirmando que não queriam 'um Islão na Holanda, ou, pelo menos, os mínimos sinais disso possíveis'", indica o tabloide Algemeen Dagblad (AD).

Van Klaveren, de 40 anos, disse que mudou de ideias quando estava a escrever um livro contra o Islão que, disse ao jornal NRC, "se converteu em uma refutação às objeções que têm os que não são muçulmanos".

A sua conversão surpreendeu amigos e inimigos

"Se tudo o que eu escrevi até este ponto está certo, e acho que está, então sou, de facto, um muçulmano", indicou à NRC.

Van Klaveren converteu-se ao Islão no dia 26 de outubro, acrescenta a NRC numa entrevista para promover o livro do ex-deputado, escreve a agência de noticias France-Presse.

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"A sua conversão surpreendeu amigos e inimigos", acrescenta o jornal AD.

Afastado do PW desde 2014

Joram van Klaveren encerrou a sua colaboração com Wilders em 2014, após os polémicos comentários do líder do PVV, que prometeu num comício "menos marroquinos" na Holanda.

Wilders foi condenado por discriminação em 2016.

Se não for para fazer propaganda para promover o seu livro, então é verdadeiramente uma escolha extraordinária para alguém que tinha tanto a dizer sobre o Islão

Van Klaveren criou posteriormente o seu partido anti-Islão, "Para Holanda" (VNL), e depois saiu da vida pública por um resultado dececionante nas legislativas de 2017.

"Se não for para fazer propaganda para promover o seu livro, então é verdadeiramente uma escolha extraordinária para alguém que tinha tanto a dizer sobre o Islão", ironizou ao AD Jan Roos, ex-cofundador do VNL.