O ‘Estudo transcultural sobre fatores associados ao interesse sexual masculino’ indica que 10,5% dos homens portugueses admitiram ter tido falta de apetite sexual por um período de pelo menos dois meses durante o último ano, sendo o cansaço e o stress profissional as principais causas, revela o jornal Público.
O estudo - coordenado pela psicóloga clínica e investigadora Ana Carvalheira, em parceria com os investigadores Aleksandar Štulhofer, da Universidade de Zagreb, na Croácia, e Bente Træen, da Universidade de Olso, na Noruega - contou com uma amostra de 5255 homens de três países: 2863 portugueses, 1735 croatas e 657 noruegueses, numa média de idades que rondou a casa dos 30 anos.
Segundo Ana Carvalheira, coordenadora do estudo, esta amostra não é representativa da população mas deu importantes pistas para a conclusão do relatório.
Questionados sobre as razões a que atribuem a perda do interesse, a resposta "cansaço" foi dada por 50,8% dos inquiridos portugueses e o "stress profissional" por 49,4%. Os homens com mais de 60 anos foram os que reportaram menos problemas (10%), seguidos dos homens com 18 a 29 anos (16,7%). O grupo mais afetado tem idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos (24,1%), seguindo-se os homens com 40 a 49 anos (21,5%) e os com 50 a 59 anos (21,4%).
No entanto, outras razões foram apontadas para a falta de interesse sexual. Portugal registou números mais elevados de insatisfação no que diz respeito ao parceiro ser sexualmente passivo (27,7%). Mais de 14% dos inquiridos atribuíram a “culpa” ao facto de estarem há muito tempo com a mesma parceira.
A coordenadora do estudo referiu ao jornal Público que o relatório traz um outro dado interessante: 11,8% dos inquiridos portugueses acreditam que o facto de verem muita pornografia pode estar a reduzir o interesse sexual, e 15% destacaram a masturbação.
14 de janeiro de 2013
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