Durante uma semana inteira, o jornalista documentou em vídeo diversas partes do seu dia e a forma como o seu cérebro ia respondendo à repetição nonstop da música. Na segunda-feira - dia em que começou o estudo - afirmou: “Provavelmente vou ser o maior expert do mundo nesta música”.

Após tocar repetidamente a música, na terça-feira já contava com 325 reproduções. Só no caminho para o trabalho, Max conseguia ouvir quatro vezes o hit interpretado por Adele.

“Estou a perder o controlo da música, uma vez que não sei quando é que ela começa e acaba”, revelou. Curioso sobre os efeitos que a música estava a ter no seu cérebro, resolveu consultar um neurocirurgião no quarto dia do seu estudo.

“À medida que vais ouvindo cada vez mais a música, o cérebro vai absorvendo-a, o que torna difícil focares-te noutras coisas”, revelou o neurocirurgião Keith Doelling.

Após um TAC ao cérebro, o médico concluiu que a repetição excessiva da música estava a matar de cansaço o cérebro do paciente e a reduzir a sua resposta ao efeito poderoso que a balada tem sobre as pessoas. “Como os mesmos neurónios respondem aos meus inputs (estímulos) vezes sem conta, isto acaba por ter um efeito cansativo no cérebro”, rematou.

Mesmo após estas conclusões, na quinta-feira o jovem revelou que apesar da sua falta de concentração e apatia continuava a gostar muito de ouvir a música. “Podemos ouvir esta música centenas de vezes e não nos cansarmos dela”, referiu.

No quinto e último dia do projeto - com 1043 reproduções de ‘Hello’ - Max concluiu: “Sinto que me rendi à música e que [apesar de não a ouvir] ela vai estar sempre a tocar dentro do meu corpo.”