“O mestre da fuga – O homem que fugiu de Auschwitz”

Em abril de 1944, Rudolf Vrba, de 19 anos, e Fred Wetzler tornaram-se os primeiros judeus a fugir de Auschwitz. Passaram sob cercas eletrificadas e por torres de vigilância fortemente armadas, escaparam a milhares de homens das SS e aos seus cães enraivecidos, percorreram pântanos, montanhas e rios em direção à liberdade. A missão de Vrba: revelar ao mundo a verdade do Holocausto.

Na fábrica da morte de Auschwitz, Vrba tornou-se uma testemunha ocular de quase todas as fases arrepiantes do processo industrial de genocídio nazi. Quanto mais via, mais convicto ficava da necessidade de avisar os judeus da Europa acerca do destino que os aguardava. Vrba reteve cada detalhe na sua memória, arriscando tudo para recolher os primeiros dados sobre a Solução Final. Após a sua fuga, essa informação formaria um inestimável relatório de trinta e duas páginas que chegaria às mãos de Roosevelt, de Churchill e do papa e que acabaria por salvar mais de 200 000 vidas.

Mas a fuga de Auschwitz não foi a sua última. Depois da guerra, continuou a fugir do seu passado, do seu país de origem, do seu país adotivo, e até mesmo do seu próprio nome. Poucos sabiam da ação verdadeiramente extraordinária que tinha levado a cabo.

O mestre da fuga – O homem que fugiu de Auschwitz (Bertrand Editora), do jornalista Jonathan Freedland, tem o preço de 19,9 euros.

o mestre da fuga
Bertrand Editora

“70072: A menina que não sabia odiar”

Lidia Maksymowicz tinha três anos quando, em dezembro de 1943, entrou com a mãe no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde foi marcada com o n.º 70072. Durante 13 meses, sobreviveu àquele inferno como uma das pequenas cobaias de Josef Mengele, conhecido como “o Anjo da Morte”. Em janeiro de 1945, após a libertação, sai de Auschwitz na companhia de uma mulher polaca, que decidiu adotar um dos “órfãos” deixados num local repleto de cadáveres. É na casa desta mulher que Lidia vive e cresce. No entanto, a pequena sobrevivente não esquece o seu nome nem a mãe biológica: não deixa de acreditar que a mãe está viva, nem de a procurar. E, de forma quase miraculosa, as duas irão reencontrar-se, dezassete anos depois. Do campo de concentração, Lidia recorda-se do silêncio necessário para sobreviver, sem poder sequer permitir-se uma emoção. Hoje, volvidos quase oitenta anos da sua prisão, dedica-se a preservar a memória do Holocausto, testemunhando “o que foi o Mal e que o Bem pode sempre prevalecer”.

O livro de Lidia Maksymowicz, em parceria com o jornalista Paolo Rodari, conta com prefácios do Papa Francisco e de dois outros sobreviventes do Holocausto.

70072: A menina que não sabia odiar (Porto Editora), de Lidia Maksymowicz e Paolo Rodari, tem o preço de 15,5 euros.

a menina que não sabia odiar
Porto Editora

“A promessa de Lily”

A promessa de Lily é um relato na primeira pessoa de quem viveu Auschwitz.  Lily Ebert esteve lá e sobreviveu para contar a história. 1944, o Dia do Perdão e Lily Ebert luta desesperadamente para se manter viva no campo de concentração nazi de Auschwitz.

Essa mulher notável sobreviveu ao inferno para ser a voz de todos os que não resistiram e contar ao mundo os detalhes das suas terríveis experiências. Lily recorda também de forma emotiva a sua infância feliz na Hungria, a morte da mãe e dos irmãos mais novos à chegada a Auschwitz e a sua determinação em manter vivas as outras duas irmãs. E mesmo tendo perdido tanto e vivido um terror inimaginável, Lily conseguiu recuperar e reconstruir uma nova vida para ela e para a família, sem amargura, antes com o coração cheio de esperança e compaixão.

Lily Ebert mora em Londres juntamente com a sua grande família, que inclui 35 bisnetos. É membro fundadora do Centro de Sobreviventes do Holocausto e recebeu a Medalha do Império Britânico por serviços prestados à educação sobre o Holocausto.

A promessa de Lily (Porto Editora), de Lily Ebert e do seu bisneto Dov Forman chega às livrarias em fevereiro de 2023.

a promessa de lilly
Porto Editora

“O dia em que escapámos aos Nazis”

Inédita e comovente, esta é a história de 40 crianças e jovens judeus que fogem da Alemanha nazi e se refugiam em Itália, até ao dia em que têm de tentar escapar outra vez. É um dia de verão e estamos em 1942. Quarenta crianças e jovens judeus chegam à estação de Nonantola, perto de Modena, em Itália. Fugiram da Alemanha nazi, com a ajuda de Recha Freier, e dirigiam-se à Palestina, mas a guerra troca-lhes as voltas: primeiro vão para a Croácia, depois Eslovénia e finalmente Itália. Ali chegados, ficam no solar Emma, fora da cidade. O pior parece ter ficado para trás: há aulas, várias atividades, e os mais velhos aprendem ofícios. Entre aquele grupo está Natan, um menino que, ao início, desconfia de tanta generosidade. Dentro dele, estão muito vivas as memórias do pai a desaparecer, do adeus à mãe e ao irmão mais novo. Mas ali não há estrelas amarelas nos casacos, não há guetos, não há o grande medo da noite.
Porém, a 8 de setembro de 1943, as tropas nazis começam a chegar a Nonantola, e o grupo do solar Emma tem de tentar escapar novamente. Desta vez, não estão sozinhos, têm uma comunidade inteira a ajudá-los. Mas como poderão enganar as tropas de Hitler? De que forma conseguirão fugir? O padre de Nonantola tem um plano, um engenhoso plano, em que toda a aldeia terá de participar.

O dia em que escapámos aos Nazis (Editorial Presença), de Ivan Sciapeconi, tem o preço de 14,9 euros.

o dia em que escapámos aos nazis
Editorial Presença