Detido ontem à noite à saída de um hospital psiquiátrico, o indivíduo "corresponde à descrição do suspeito", indicou fonte policial à agência de notícias France Presse, acrescentando que a vítima ainda terá de identificar o agressor.
O suspeito foi identificado como sendo Firas M., de 25 anos, escreve a imprensa local.
Marie Laguerre, uma francesa de 22 anos, denunciou numa publicação no dia 25 de julho, no Facebook, como um homem a abordou "de uma forma humilhante e provocadora" com "ruídos, comentários, assobios e movimentos de língua sujos".
"Não tolero este tipo de comportamento. Não posso ficar calada e nós não nos podemos mais calar", escreveu naquela rede social.
Após uma troca de palavras entre ambos, o homem atirou um cinzeiro contra Marie Laguerre, seguiu-a e "agrediu-a na cara no meio da rua, à luz do dia, perante dezenas de testemunhas".
O ataque foi filmado por uma câmara de videovigilância que pertencia ao bar que fica em frente ao lugar onde a agressão decorreu.
O vídeo, que se tornou viral na internet, provocou a indignação de dezenas de associações e personalidades, escreve o jornal Guardian.
Marie Laguerre foi entrevistada por vários jornais franceses e por meios de imprensa internacional.
Com o apoio de militantes feministas, lançou a plataforma online "Nous Toutes Harcèlement" ("Somos Todas Assediadas" em português) para que outras mulheres possam dar o seu depoimento, se forem assediadas, ou agredidas nas ruas.
No início do mês, o Parlamento francês votou uma lei contra a violência contra as mulheres, instaurando o crime de "ultraje sexista" por assédio nas ruas, passível de uma multa pesada.
Comentários