Várias centenas de pessoas frequentaram os cursos da da Associação Portuguesa de Jardins e Sítios Históricos (APJSH) nos últimos dois anos.

Só entre 2007 e 2008, foram mais de 180.

Oriundos das mais diversas profissões (economistas, médicos, engenheiros, arquitectos, arquitectos paisagistas, jardineiros, donas de casa, enfermeiras, assistentes de bordo, controladores de tráfego aéreo, diplomatas, entre outros), os cursos abrangeram praticamente todas as faixas etárias dos 25 aos 70 anos.

De acordo com Teresa Chambel, responsável pelos cursos da APJSH, as motivações que levaram estes formandos com actividades profissionais tão diferentes a frequentar as acções de formação "são várias, havendo no entanto um comum gosto pelos jardins e uma necessidade de saberem mais como cuidar deles".

"O facto de gostarem de jardins, possuírem um jardim e não saberem como tratar dele, leva a querer aprender jardinagem para poderem perceber se as empresas/jardineiros que lhes tratam da manutenção estão a fazer de facto um bom trabalho ou não", sublinha.

Pensados à medida para cada tipo de necessidade, não é de admirar, pois, que o grau de satisfação tenha sido de 100%. "Elaborámos inquéritos em todos os cursos e as respostas foram sempre muito positivas com sugestões de novos temas para novos cursos", explica Teresa Chambel.

As acções de formação para 2008/2009 já estão a decorrer e, além dos cursos do ano passado, estão previstos mais dois para profissionais e outros tantos destinados a amadores. "Fitossanidade e Técnicas de manutenção de espaços verdes foram temas propostos nos inquéritos e, da nossa experiência no âmbito da construção e manutenção de jardins, são dois temas interessantes e que as empresas necessitam de aprofundar", promete.

"Nos cursos para amadores, temos dois novos, um de multiplicação de plantas e outro de xerojardinaria. O primeiro tema foi muito solicitado nos inquéritos e o segundo tem a ver com a preocupação crescente que devemos ter em relação à poupança de água e à importância de conhecermos quais as plantas xerófitas (com baixas ou nenhumas necessidades de rega) que temos disponíveis para utilizar nos nossos jardins", acrescenta.

A APJSH prepara-se assim para repetir o êxito dos anos anteriores. "Foi uma experiência gratificante, principalmente pelo grau de satisfação dos formandos. Para tal, contribui a qualidade dos formadores, o espaço de formação e o facto de estarmos num viveiro com a presença de inúmeras espécies e materiais, o que nos permite ter sempre uma elevada componente prática", enfatiza Teresa Chambel.

"Penso que a tendência será sempre para aumentar, os dois cursos que já estão em curso têm um maior número de pessoas do que tiveram no ano anterior", remata.
A médio prazo, a APJSH tenciona organizar viagens a jardins no país e no estrangeiro, pois tem sido um pedido frequente dos formandos.

Texto: Luís Melo