Mais tempo em casa mais horas na internet. Os dados avançados pelos agentes do setor nas últimas horas não deixam margem para dúvidas. Desde o início do ano, até 27 de março, nos países mais atingidos pelo surto de COVID-19 que pôs o mundo em isolamento, o tráfego de internet aumentou consideravelmente. Em Hong Kong, o crescimento foi de 40%. Em Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia causada pelo novo coronavírus, atingiu os 33%.
Em terceiro lugar, surge a Grã-Bretanha, com 24%, seguida do Brasil, com 23%. O quinto lugar do ranking é ocupado pelo Canadá e pela Suíça, com 19%. Espanha aparece em sexto, com 18%. Portugal não consta da lista elaborada pela empresa norte-americana Cisco. "A subida é significativa. Estamos com níveis de tráfego que esperavamos atingir apenas dentro de dois anos", sublinha Rémi Durand-Gasselin, diretor executivo da multinacional.
No período entre os dias 27 de fevereiro e 31 de março, o consumo global de internet foi ainda maior. Em Espanha, o crescimento atingiu os 39,4%. O Reino Unido viu a procura subir 78,6%, quase o dobro. Em Itália, o número de dados descarregados mais do que duplicou entre essas datas, superando valores na casa dos 109,3%. Na Califórnia, nos EUA, a subida foi de 46,5%. Em Nova Iorque e em Nova Jérsia, o crescimento atingiu os 44,6%. Em França, subiu 38,4%.
"A indústria estava pronta para fazer face a este aumento de tráfego", garante Rémi Durand-Gasselin. Os dados revelam, no entanto, que a velocidade de carregamento das páginas diminuiu consideravelmente nessas datas. Itália regista a maior quebra, com uma redução média de 35,4%. No Reino Unido, a redução foi de 30,3%. Em França, a diminuição atingiu os 13,9%. Espanha ficou-se pelos 8%. Em contraciclo, o Japão registou um aumento na ordem dos 9,7%.
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