Durante a sua vida, Charlotte Guttenberg sempre teve um grande desejo em fazer uma tatuagem, algo que ia contra o desejo do seu primeiro marido que faleceu em 2010. “Uns anos mais tarde estava a tentar decidir alguma coisa especial que pudesse fazer no dia do meu [58º] aniversário e decidi fazer uma tatuagem,” começou por explicar à organização do 'The Guinness World Records'.

Bastou tatuar uma borboleta pousada numa peónia na zona do peito para o bichinho pegar. Aos 67 anos tem mais de 95% do corpo coberto de tatuagens, o que se traduz em mais de 1000 horas de trabalho que exibe com orgulho.

“Considero-me uma galeria de arte andante. Algumas pessoas compram arte e penduram-na na parede e eu tenho-a no meu corpo”, revela a sexagenária cujo corpo está repleto de flores e tatuagens alusivas à arte japonesa e mitologia.

Foi durante uma das suas idas à loja de tatuagens que conheceu o atual namorado Charles "Chuck" Helmke. Estiveram duas horas à conversa, apaixonaram-se e o resto é história. Para além de os ter juntado, o amor pelas tatuagens também fez com que alcançassem recordes individuais no ‘Livro do Guinness’: ela considerada ‘A Cidadã Sénior Mais Tatuada’ e ele ‘O Cidadão Sénior Mais Tatuado’.

Decidida a continuar o legado deixado por Isobel Varley, que até 2015 detinha o título de ‘Mulher Mais Tatuada do Mundo’ na categoria ‘sénior’, Charlotte revela que este título é uma honra enorme e algo que a enche de orgulho. “O facto de agora ter o meu nome associado a este recorde é incrível. Tenho de me beliscar para me certificar de que não estou a sonhar”, afirma.

Em entrevista ao Facebook, o casal explica que todas as suas tatuagens tem um propósito, sendo planeadas com bastante cuidado, uma vez que ambos pretendem atingir o chamado body suit.

"O body suit teve origem no Japão e eles tinham diversos estilos. Eram feitos para que o homem de negócios japonês pudesse ter um body suit que era impercetível quando estivesse vestido para ir para o trabalho”, revelou Charles "Chuck" Helmke que aos 75 anos tem 93% do seu corpo coberto de tatuagens.

“A cabeça é das partes mais dolorosas para fazer uma tatuagem. Ela tem os seios completamente cobertos e isso é muito doloroso para a mulher. Isso e a parte superior dos pés”, explica o yogi que deixa um aviso para os amantes desta arte: nunca passar mais de quatro horas numa cadeira de tatuagens.

“É preciso usar o senso comum: não vão a extremos e não escolham tatuar as costas da primeira vez que forem fazer uma tatuagem. Comecem com algo pequeno e vão progredindo”, remata.