Num comunicado divulgado hoje, a Engel & Völkers destaca o Chiado como “o bairro vais valorizado de Lisboa”, com um preço de 10.000 euros por metro quadrado (m2), sendo também “um dos mais procurados para habitação”.
Seguem-se os bairros de Santo António (5.395 euros/m2), Misericórdia (5.058 euros/m2) e Estrela (4.347 euros/m2).
Os dados da imobiliária apontam que “os bairros do Chiado, Bairro Alto, Graça, Alfama, Príncipe Real, Avenidas Novas, Belém, Parque das Nações ou da Estrela são os mais procurados por clientes que apostam na capital portuguesa para viver ou fazer investimentos imobiliários”.
E, nota, “apesar de nos últimos cinco anos a capital portuguesa ter sido consecutivamente galardoada com prémios de turismo, colocando Lisboa como um dos destinos preferidos pelos estrangeiros, 65% dos investimentos em Lisboa ainda são de clientes portugueses”.
Os bairros do centro da cidade, como o Chiado ou o Príncipe Real, “são frequentemente apontados como os locais mais na voga em Lisboa”, com os restaurantes, bares, galerias de arte e boutiques ali localizados a fazerem deles “as zonas mais procuradas para residência” e o preço por metro quadrado a poder exceder, na zona do Chiado, os 10.000 euros.
Já a zona de Belém, localizada nas margens do rio Tejo, com vistas sobre a ponte 25 de Abril e o Estuário do Tejo e diversos parques verdes e espaços abertos, é também considerado “um local privilegiado para residir”, com um preço por metro quadrado que ronda os 4.000 euros.
O Parque das Nações, apresentado como “um bairro moderno e vibrante que tem florescido desde a sua construção original para a Expo '98”, “é atualmente um dos mais procurados para arrendamento”, apresentando um preço por metro quadrado em torno dos 4.300 euros.
Também entre os bairros atualmente mais procurados para arrendamento está o das Avenidas Novas, com um preço por metro quadrado de 4.700 euros, enquanto no bairro da Estrela, “tradicionalmente uma zona habitada pela classe alta”, o preço por metro quadrado ronda os 4.300 euros.
Em Lisboa, a maioria dos negócios registados no ano passado pela Engel & Volkers foram apartamentos de tipologia T2, com aproximadamente 85 metros quadrados no arrendamento e 82 metros quadrados na venda.
Os compradores privilegiam a existência de elevador, garagem e acesso a espaços exteriores (varanda ou terraço), assim como os espaços verdes envolventes e os bons acessos a transportes públicos.
“Em Lisboa, pela sua tipologia urbana, a maior parte dos investimentos são em apartamentos. Mas, com a pandemia, registamos uma forte procura por propriedades na periferia da cidade. Casas com zonas verdes envolventes, jardins, varandas ou sala de escritório são agora o mais importante para os investidores” explica Vanessa Moreira, responsável pelo ‘Market Center’ de Lisboa na Engel & Volkers.
Segundo esta responsável, “a maioria das empresas em Portugal está a aplicar modelos futuros de teletrabalho e, nesse sentido, muitos ‘millennials’ [geração nascida entre 1981 e 1996] procuram lugares onde possam combinar atividades ‘outdoor’ e trabalho remoto”.
“Tendo em conta este cenário – acrescenta – prevemos que os preços de imóveis residenciais aumentem significativamente em 2021 devido ao aumento da procura, mas também expectamos que a idade média dos compradores continue a diminuir”.
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