As autoridades da região italiana de Molise pagam 700 € por mês durante três anos a quem se quiser mudar para lá numa tentativa (quase) desesperada de atrair novos moradores. Mais de 9.000 pessoas abandonaram a zona desde 2014. Atualmente com uma população de 305.000 habitantes, esta região montanhosa do centro de Itália, banhada pelo mar Adriático, a 89 quilómetros de Nápoles, procura combater a desertificação.
Nos nove aglomerados urbanos que a integram, não nasceu nenhuma criança em 2018, uma situação que preocupa as entidades administrativas locais. Para atrair novos moradores, as autoridades estão dispostas a abrir os cordões à bolsa, mas os interessados terão de aceitar mudar-se para uma localidade com menos de 2.000 habitantes e investir num negócio, numa área à escolha, que dinamize e beneficie a comunidade local.
"Se só dessemos dinheiro, seria apenas mais um gesto de caridade. Assim, é uma forma de injetar vida nas nossas cidades, enquanto procuramos aumentar a população", justificou já publicamente Donato Toma, presidente de Molise. Para atrair novos moradores, o governante pretende também investir 10.000 € por mês para construir infraestruturas e equipamentos locais e para promover atividades culturais e recreativas.
Além de Molise, também Candela, uma cidade da Apúlia, no sul de Itália, está a oferecer 2.000 € aos que pretendam mudar-se para lá. A justificação é a mesma. Nos últimos anos, a população desceu dos 8.000 para os 2.7000 habitantes. As autoridades da Sicília, uma das ilhas mais populares do país, também pôs recentemente à venda casas por 1 € na condição dos novos proprietários gastarem, pelo menos, 15.000 € a renová-las.
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