Assinala-se, hoje, o ano novo chinês. Também conhecida como festa da primavera, esta data comemorativa é celebrada anualmente no primeiro dia do calendário lunar chinês em que a lua entra na fase nova, um fenómeno que ocorre geralmente entre o dia 21 de janeiro e o dia 19 de fevereiro. Todos os anos, está associada a um dos signos do zodíaco chinês e ao elemento que lhe corresponde. Este ano é o ano do boi, tradicionalmente associado ao metal. Segundo os astrólogos, será um ano trabalhoso e exigente.

Em épocas normais, esta celebração começa a ser preparada com vários dias de antecedência. No interior das casas e no exterior dos edifícios, as decorações alusivas à quadra sucedem-se. As lanternas vermelhas e as incrições com mensagens que apelam à prosperidade invadem os espaços. Para acolher o novo ano com um espírito renovado, milhões de chineses aproveitam para fazer uma limpeza a fundo, procurando, com esse gesto higienizador, libertar-se das más memórias do ano que está prestes a findar.

2021 é o ano do boi. Propostas decorativas inspiradas na tradição bovina
2021 é o ano do boi. Propostas decorativas inspiradas na tradição bovina
Ver artigo

Na véspera, as famílias juntam-se e preparam uma refeição em honra dos antepassados. As especialidades gastronómicas servidas variam de região para região mas as guiosas, as massas salteadas e os bolos confecionados com um preparado gelatinoso à base de farinha de arroz não podem faltar. No próprio dia, os sinos fazem-se ouvir cedo para anunciar a entrada num novo ano. Se não houvesse uma pandemia global a limitar-nos os movimentos, para cumprir a tradição, depois de tomar o pequeno-almoço, vestiriam roupas novas e deslocar-se-iam a casa dos familiares mais próximos para lhes transmitir os seus votos de prosperidade.

Durante três dias, costuma ser este o ritual, com os mais pequenos a receber hong-baos, pequenos envelopes encarnados com dinheiro. Este ano, na China, não será assim. As autoridades apelam à contenção nas celebrações para não agravar o surto de COVID-19 que se arrasta há mais de um ano. Os dirigentes políticos pediram aos cidadãos que se mantivessem em casa e, um pouco por todo o mundo, os festejos habituais foram cancelados, incluindo a famosa dança do leão, que costuma encantar multidões.