Quem assistiu ao filme de 1999 realizado por David Lynch, Uma História Simples, terá presente a jornada do septuagenário Alvin Straight, num encontro de reconciliação com o seu irmão. Alvin percorreu dolorosos 500 Km sobre um cortador de relva. Não mais de 5 Km/h, por vários estados norte-americanos. Conversar com o jovem André Sousa, nascido quatro anos antes da estreia de Uma História Simples, remete-nos para a imagem de uma jornada penosa. No caso vertente, um caminho feito ao longo de três anos e a uma escala global, em 54 países. André, natural de Oliveira de Azeméis, piloto de motociclismo, mestre pela Coimbra Business School, lançou-se em 2020 numa aventura feita de paciência. Percorreu 80 mil quilómetros na garupa de uma minimoto a uma velocidade média de 50 Km/h. Nos seus momentos de glória, a “Supertremoço”, assim apelidada a Honda 125, alcança os 65 Km/h. Imagine-se o esforço na subida dos Himalaias ou da cordilheira andina, atravessar os desertos do Norte de África e da América do Norte, enfrentar as lamas da floresta tropical. André encontrou dissabores: esteve preso no México, teve uma arma apontada à cabeça no Brasil, foi raptado no Nepal. Também colecionou amizades e excelentes memórias. Uma parte da sua “Ride That Monkey” é-nos contada nesta conversa. A história completa lemo-la no livro Volta ao Mundo de Minimoto (edição Oficina do Livro). Aventuras também para acompanhar nas redes sociais de André Sousa.
André, comecemos esta conversa sobre as suas aventuras pelo fim. Está a preparar uma nova viagem, do Polo Sul ao Polo Norte. Quer falar-nos desse projeto?
Sim. Fui a primeira pessoa a dar a volta ao mundo de minimoto. Foi uma viagem contínua, sem nunca ter regressado a casa. Foi como uma maratona. Começamos a correr, não abandonamos a corrida a meio. Para ser a primeira pessoa a completar a volta ao mundo de minimoto tinha de o fazer numa única viagem. Arranquei em 2020, demorei mil dias, percorri 54 países e 80 mil quilómetros. Nessa viagem visitei todos os continentes e fiz uma volta de 360 graus ao globo, ou seja, a longitude total. Agora, quero dar uma nova volta ao mundo por etapas, com a máxima latitude possível, de sul para norte. Vou fazê-lo na mais longa estrada do mundo, a Pan-americana. Estamos a falar numa viagem de 50 mil quilómetros, de Ushuaia, na Argentina, a Deadhorse, no Alasca. Será, pelo menos, um ano de caminho.
Vai iniciar esta nova aventura na América do Sul?
Não, vou começar aqui em Portugal a 27 de janeiro. Daqui vou até ao Reino Unido ou até à Alemanha. Estou em negociações com as transportadoras destes dois países para o envio da mota de avião para Santiago do Chile. Da capital, tenho de descer até Ushuaia e, depois, voltar a subir. Descerei pela Carretera Austral que é lindíssima e subo pela famosa 40 e, aí, entro no Uruguai, no Brasil, Paraguai. Faço praticamente todos os países das américas. Só não vou percorrer as Guianas e provavelmente a Venezuela, porque já fiz esses países em 2018.
O André já tem apoios para esta nova aventura?
Neste momento tenho muito mais apoios do que aqueles que tinha em 2020, porque o projeto também se tornou muito mais mediático. Temos 80 mil pessoas a seguir-nos nas redes sociais. Desta vez vou fazer a viagem numa Honda Africa Twin 1100, com custos muito mais altos. A minimoto gastava, em média, dois litros de combustível aos 100. Esta mota faz sete litros aos 100, ou seja, três vezes mais.
E também vai mais depressa, considerando o ritmo lento da minimoto.
Mais depressa e muito mais confortável. Curiosamente, apresentei este projeto de polo a polo para ser feito, novamente, com a minimoto. Acontece que na minha aventura anterior tive um acidente nos Estados Unidos, no estado da Califórnia. Estive dois meses em tratamentos em Los Angeles. Fiquei com três vértebras bastante lesionadas e, fazer o caminho na minimoto, ia ser muito duro. Mesmo nestas condições disse que conseguiria fazer de polo a polo com a minimoto. Entretanto, fiz uma sondagem junto dos meus seguidores, também aconselhada pela Honda, minha patrocinadora. E, para minha surpresa, a mota que os seguidores escolherem, com mais de 25 mil votos, foi a Africa Twin. Representou 74% dos votantes.
Escolheram uma mota icónica.
Muito icónica e ligada à aventura. Só que eu sou um ‘anão’ [risos], tenho um 1,63 e, esta mota, pesa mais de 300 quilos. É uma mota muito grande o que me obrigou a fazer reforço muscular, até mesmo por causa da coluna. Tenho um fisiatra e um personal trainer para um trabalho em conjunto. A partir de agora vai valer a batalha da motivação e da inspiração. E também pensar que estamos a inspirar outras pessoas.
Parte a 27 de janeiro, quer apanhar o verão austral.
E já vou um pouco tarde, estou a preparar a mota. É preta, quero que seja amarela. Toda a cor do projeto é o amarelo.
Porquê? Dá-lhe sorte?
[Risos] A minimoto que usei na volta ao mundo, uma Honda Monkey 125, foi batizada de “Supertremoço”. O tremoço é uma das coisas mais portuguesas que existe. Ninguém sabe o que é um tremoço no resto do mundo. Também sempre adorei o amarelo. Agora, dado ser uma mota maior, pensei no nome “Megatremoço” porque ‘subimos a parada’. Mas, veremos qual será o nome que vamos dar à mota. Os meus seguidores foram convidados a escolher. Esta vai ser a minha terceira aventura. Na primeira, a mota chamava-se “Demoníaca”. Era uma mota também muito lenta. Percorri com ela toda a América do Sul em 120 dias. Fiz 24 mil quilómetros.
Como nasceu a ideia para essa viagem?
Em 2018, fui estudar para o Brasil num intercâmbio de mestrado em Gestão Empresarial. No final, lancei-me no meu primeiro projeto, a que chamei “The Lost Mohican Adventure”, com uma Honda CG 125i Fan 2018, no seu último ano de produção no Brasil. Recebi apoio para ser a primeira pessoa a dar a volta à América do Sul naquela mota.
Mas já antes tinha percorrido nove países dos Balcãs com apenas 200 euros. Como se consegue percorrer tantos países com tão baixo orçamento?
Sim, aí foi no meu Erasmus, na Eslováquia. Tinha 19 anos, não tinha dinheiro, andei à boleia com um amigo. Desde muito jovem que viajava com os meus pais para onde quer que fossem, pelo mundo inteiro. Sempre tive este espírito livre.
Diz-nos que viajou desde muito pequeno com os seus pais. Mas como nasce no André este gosto das motas e pela aventura?
Acho que as pessoas estão predispostas a certas coisas, cada um com a sua personalidade. O estudo e o trabalho são importantes, mas temos certas predisposições. Tive a minha primeira mota aos seis anos. Sempre fui muito extrovertido. Gosto de socializar. Viajo por pessoas, não viajo por edifícios. Gosto muito de conhecer a cultura, a história de cada país, as paisagens apaixonam-me, mas eu viajo por pessoas.
E pelas metas a que se propõe.
Sinto cada vez mais que tenho uma função e esta passa por inspirar outras pessoas a poderem fazer aquilo que realmente querem e a sonhar. Há que ter força de vontade, meter o primeiro pé e arrancar. Neste momento, tenho patrocínios de renome nacional, mas mesmo assim arranco com um orçamento de 60 a 70% do total que necessito. Sei que vou necessitar dos 100% e isso é matemática, é gestão. Mas, acredito que no caminho consigo realizar o projeto. Também estou a investir muito no YouTube para passar a mensagem.
No seu livro, o André escreve frequentemente no plural, usa o “nós”. Porquê?
Porque vão todos comigo. Ninguém consegue dar uma volta ao mundo sozinho. Desde a minha mota, que é uma parceira, aos meus seguidores, todos os que me ajudaram e me enviaram mensagens de força. Também os patrocinadores. Mas também todas aquelas pessoas que me dão dormida no meio do caminho, aquelas pessoas que me oferecem refeições.
Temos estado a falar da minimoto, mas ainda não a caracterizámos. O que é uma minimoto?
É um veículo até 125cc, com nove cavalos de potência e com uma roda muito pequenina. A roda máxima de uma minimoto é de oito polegadas. Como comparação, a roda da frente da Africa Twin é de 21 polegadas. Temos de ter noção que a velocidade média da minimoto ronda os 50 a 60 Km/h. Em descidas é capaz de andar a 75/80 Km/h. A subir vai a 20/30 Km/h. Nunca conseguia fazer mais de 60 Km/h. A melhor média que fiz foi 65 Km/h no deserto do Sara, com o vento pelas costas.
Qual é a autonomia de uma minimoto?
O depósito tem capacidade para cinco litros de combustível. Mas, como lhe disse, faz dois litros aos 100 Km/h, logo cinco litros dão para 250 km. Na viagem levava comigo dois bidões de cinco litros, ou seja, tinha autonomia para 750 Km.
Ainda não falámos exatamente de como nasce a ideia de ser a primeira pessoa a dar a volta ao mundo em minimoto?
Como referi há pouco, estava no Brasil após terminar o mestrado. Tinha o canudo na mão e digo “é agora ou nunca”. Pensei da seguinte forma: “se tiver aqui um emprego fixo, uma namorada, uma certa estabilidade, não terei a oportunidade de conhecer o mundo da forma como quero fazer”. Queria dar a volta ao mundo, mas não queria que fosse normal, tinha de ser um desafio. Queria ser pioneiro em algo. E comecei a pesquisar. Não havia registo de um feito como este. A mota que usei foi um dos modelos em que aprendi a conduzir em criança. Foi a primeira mota de caixa que conduzi. Contactei a Honda. Adoraram o projeto. A Honda Portugal apoiou-me com a mota, comecei a bater a umas portas, a tentar uns patrocínios.
É preciso coragem.
As pessoas têm uma ideia do mundo errada. Há violência, mas não tanta como por vezes achamos que existe. Claro que é uma viagem com muitos momentos desconfortáveis.
Sim, enfrentou situações complicadas.
Claro. A probabilidade de encontrar situações mais complicadas aumenta quando falamos de viagens de muitos dias. Ou seja, ter um acidente é praticamente garantido, porque falamos de 80 mil quilómetros percorridos a uma velocidade muito baixa, em estradas muito complicadas.
Qual foi o momento em que o André sentiu que estava numa situação realmente de perigo?
Acho que a situação mais desconfortável e que mais mexeu comigo psicologicamente foi o rapto no Nepal. Quando acordei não sabia onde estava. Quase nem sabia quem eu era. Nos dias seguintes foi complicado recuperar da droga que me deram.
Uma prisão no México como aquela onde esteve também não deve ser agradável.
Como costumo dizer, são histórias boas para contar mais tarde [risos]. Ninguém gosta de estar numa prisão de Sinaloa [estado mexicano], mas levo sempre esses momentos de uma maneira fria. Depois ressaco. Nos dias seguintes ando mais triste. Se alguém me aponta uma arma como aconteceu no Rio de Janeiro, sinto as pernas dormentes, mas não é medo, é adrenalina. No momento só penso que tenho de me salvar. Depois é que digo “pá, fogo, como é que isto aconteceu?”
O André gosta mais do ambiente urbano ou do ambiente natural?
Gosto mais do ambiente da praia [risos]. Gosto muito da costa do Pacífico no México é um lugar muito genuíno. As pessoas, muito simpáticas, têm aquele espírito mais caribenho, mais tropical.
Porque escreve no seu livro que temos uma ideia errada dos americanos?
Porque nós temos a ideia muito politizada da América, muito estereotipada. Para mim, quando falamos de relações humanas, a zona mais fria do globo chama-se Europa, à exceção do sul do continente. Dou-lhe um exemplo: onde parasse para almoçar nos Estados Unidos, principalmente no sul do país, normalmente as pessoas pagavam-me a refeição. Só descobria que tinham pagado mais tarde. Nos Estados Unidos não gastei praticamente dinheiro. Inclusivamente pagavam-me o combustível.
Provavelmente a mota também cativava. Mostravam-se curiosos em relação a mota?
Sim, e até me ajudaram numa altura em que precisei de apoio para enviar a moto para a Austrália.
O que aconteceu na Califórnia de grave?
Tive um acidente. Fui atropelado por um camião que vinha a 90 Km/h e eu viajava nos meus 50 ou 60 Km/h. Fui literalmente abalroado.
Foi um momento muito complicado. O André ponderou alguma vez abandonar o projeto?
Nunca. Por isso estive dois meses hospitalizado e em tratamentos. Ainda me foi proposta uma cirurgia, mas receei ficar pior. Depois de um ano de viagem se voltasse a casa tinha de recomeçar.
É um exercício de paciência viajar longas distâncias muitas vezes a 40 Km/h. O André não parece muito paciente.
Ia quase sempre a ouvir música e com a motivação de fazer longas viagens àquela velocidade lenta. Saber que me esperavam centenas de quilómetros. Chegava a fazer jogos com os dígitos do conta-quilómetros. Por exemplo, tentava encontrar capicuas. No fundo, estava a motivar-me. Pensava na cidade que estava à minha frente, da cerveja fresquinha que me esperava, na possibilidade de tomar um banho quente.
Há um momento em que a saudade de Portugal chega. Foram três anos de ausência. Do que é que sentiu mais falta do nosso país?
Senti falta das pessoas, especialmente da família e dos amigos. De resto, somos uma comunidade que está pelo mundo, ou seja, conseguimos encontrar um bocadinho de Portugal em muitos países, seja na Austrália, nos Estados Unidos ou no Brasil. Encontramos um pouco de Portugal no estrangeiro, até mesmo nas comidas. Consegue comer bacalhau lá fora, consegue beber um vinho português, até mesmo comer um pastel de nata na Malásia.
Percorreu dezenas de milhares de quilómetros em estradas de todo o mundo. Alguma lhe deixou uma impressão realmente negativa?
Um exemplo é a “Estrada Fantasma” ou a também chamada “Estrada da Morte”. Estamos a falar de passar no coração da Amazónia numa viagem de 800 Km. Normalmente, na época chuvosa, não se pode passar. Foi precisamente quando por lá passei. É terrível, muito mau. Tinha de pedir ajuda a pessoas para empurrarem a mota. Demorei praticamente uma semana a percorrer 400 quilómetros. E também não me esqueço das onças.
Também não deve ser fácil subir as montanhas asiáticas ou americanas numa mota com tão baixa cilindrada.
Sim, há zonas na Guatemala com montanhas altíssimas e um caminho que nos leva ao lago Atitlan. A mota não subiu, simplesmente não tinha cavalos de potência para isso e, com a altitude, ainda perdeu mais potência. Fui pedir ajuda a quem passava de carro para me rebocarem até ao topo.
E também visitou uma inúmeras oficinas.
Claro, mas mais devido a revisões. A minimoto nunca teve problemas mecânicos. Teve 25 furos no pneu de trás [risos] e apenas furou duas vezes à frente. Isto porque o peso atrás era muito superior.
Tantos quilómetros de estrada traduziram-se em muitas multas?
Apanhei uma multa em Itália que me custou 60 euros, porque entrei na autoestrada e lá é proibida a circulação a veículos com menos de 150cc.
O André quando se refere à Austrália surpreende-se com a grandeza de tudo, até mesmo a dos camiões. É difícil conduzir naquelas estradas?
Imagine uma minimoto ao lado de um camião com 50 metros de comprimento. A deslocação de ar que estes “monstros” criam gera uma sucção na direção das rodas. É preciso ter muito cuidado. É preciso estar bem atento e perceber quando os camiões vão passar. Eles também têm um certo cuidado porque sabem que circulam a 120 Km/h. Não são obrigados a parar. Nós é que temos, por lei, a obrigatoriedade de nos desviarmos.
Em Timor-Leste foi recebido pelo presidente Ramos Horta. Teve finalmente de vestir o fato.
[Risos] Sim, fui recebido pelo presidente Ramos Horta, laureado com o Nobel da Paz. Para mim foi um orgulho. Foi um dos momentos altos da viagem. Trocámos muitas histórias de viagem, porque Ramos Horta também viajou muito com as Nações Unidas. Também me facultou um jantar com o embaixador da Indonésia, o país que se seguia na minha viagem.
O André cultiva uma imagem de marca, o pulo que dá para as fotos. Como nasceu este pulo?
Exatamente, dou um salto. A mota chama-se Monkey, palavra em língua inglesa para macaco. Ora, este salto à macaco já vem de família. O meu tio, que é arquiteto, e exerceu na Austrália e nos Estados Unidos, já tinha o hábito de saltar para as fotos. Tive de deixar a descendência Sousa marcada pelo mundo com os saltos monkey [risos]
Percorrer dezenas de milhares de quilómetros sobre esta moto também o expõe muito ao estado do tempo. Passou por momentos difíceis?
Sim, por exemplo com o mau tempo no Irão, com muita neve e 15 graus negativos a viajar em estradas rurais sem áreas de serviço. As mãos começavam a congelar e tinha de criar estratégias para as aquecer. Parava nas aldeias, nos cafezinhos, e pedia chá. Foi mesmo complicado.
Há um capítulo no seu livro cheio de dor. Chamou a esse capítulo “Rumo ao Pesadelo” e centra-o na Turquia. O que se passou?
Imagine o que é estar a seis quilómetros do epicentro de um dos mais violentos terramotos dos últimos anos, onde morreram 50.000 pessoas. Tem a sorte de sobreviver num hotel que ficou parcialmente destruído. Olha à sua volta e percebe que tudo ruiu. É daquelas coisas que nem gosto de falar. Foi um pesadelo.
Deixou o continente africano para o fim. Foi uma por questão logística?
Não, pelo contrário. Logisticamente, era muito melhor para mim percorrer as estradas africanas no início da jornada. Era o que estava previsto fazer. Porquê? Porque as estradas são piores. Se houvesse um problema mecânico, a mota estaria ainda em muito boas condições. Regressaria à Europa para a poder consertar. Infelizmente, ia iniciar a viagem a 25 de março de 2020 e, 15 dias antes, apareceu a primeira vaga da COVID-19. Fechou tudo e tive de adiar a viagem por uns meses. Mal abriu a fronteira com Espanha arranquei. Tive de fazer uma gestão gigante para poder encontrar os continentes que primeiro estavam a abrir. Segui depois para a América do Norte.
O meu objetivo era chegar ao ponto mais a oeste do continente africano. Logo, o meu objetivo era ir até Dakar, no Senegal. Só esse percurso, de Marrocos, à Mauritânia e ao Senegal e o regresso, levou-me oito mil quilómetros.
André, após esta longa viagem Portugal parece-lhe um país ainda mais pequeno?
Pequenino é sem dúvida. Mas, posso dizer-lhe que temos das melhores estradas do mundo.
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