De acordo com dados hoje divulgados pelo gabinete estatístico europeu, a UE ultrapassou, em 2020, em 52,2 mil toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), ou seja 5,8%, a meta traçada para esse ano de reduzir em 20% o consumo final de energia, no âmbito dos objetivos da eficiência energética.
O Eurostat destaca ainda que o consumo de energia da UE, em 2020, atingiu os níveis mais baixos desde 1990 (o primeiro ano para o qual existem dados disponíveis), o que se explica em grande parte pelos efeitos da pandemia de covid-19.
O pico de consumo foi atingido em 2006, quando o consumo de energia primária foi 15,1% acima da meta de 2020.
Para chegar à meta de 2030 (redução de 32,5%), os 27 Estados-membros têm ainda que baixar em 108,5 Mtep (9,6%) o consumo de energia.
A Estónia foi o país que mais cortou no consumo primário de energia no ano passado face à média 2017-2019 (21,2%), seguindo-se Espanha (14,8%) e Chipre (13,4%), com a Lituânia (0,7%), a Hungria (2,5%) e a Roménia (4,5%) no outro extremo da tabela, sendo que todos os Estados-membros consumiram menos energia.
Portugal registou a quinta maior redução (13,2%) face à média de consumo em 2017-2019.
O consumo primário mede a procura total de energia de um país, abrangendo o consumo do próprio setor energético, as perdas durante a transformação (por exemplo, de petróleo ou gás em eletricidade) e a distribuição de energia, e o consumo final pelos utilizadores finais.
A Diretiva Eficiência Energética (2012/27/UE), que entrou em vigor em dezembro de 2012, obriga os Estados-membros a fixarem objetivos indicativos nacionais em matéria de eficiência energética por forma a garantir que a UE atinja o seu objetivo central de reduzir o consumo de energia em 20% até 2020 e em 32,5% até 2030.
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