China e Índia registaram mais de metade dessas mortes, enquanto outro milhão aconteceu no Bangladesh, Indonésia, Japão e Estados Unidos.
O coquetel tóxico de partículas finas geradas pela combustão de petróleo, gás e principalmente carvão é responsável por pelo menos 25% da mortalidade em meia dúzia de países, todos eles na Ásia.
"Muito se fala do perigo da combustão de combustíveis fósseis no contexto de emissões de CO2 e da mudança climática. Mas não se leva em consideração os impactos sanitários potenciais", afirmou um dos autores do estudo, Joel Schwartz, da Escola Chan de Saúde Pública da Universidade de Harvard.
Estudos anteriores indicaram que a poluição atmosférica reduz a esperança de vida em cerca de dois anos.
O relatório publicado nesta terça-feira duplicou as estimativas sobre o número de mortes relacionadas com a poluição gerada pelas energias fósseis.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica - que inclui as procedentes do aquecimento e das cozinhas domésticas - mata 7 milhões de pessoas por ano, 4,2 milhões delas devido à poluição externa.
O estudo publicado na Environmental Research foi baseado em um modelo 3D de química atmosférica que divide a Terra em blocos, associados aos dados das emissões de CO2 de diversos setores e a simulações da circulação do ar da NASA.
Comparado com outras causas de morte prematura, a poluição atmosférica, que provoca doenças cardíacas e pulmonares, provoca 19 vezes mais mortes que a malária, 9 vezes mais que a Sida e 3 vezes mais que o álcool.
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