A marcha de três dias começou no domingo na estação de Landquart, nos Alpes suíços, com os ativistas de todas as idades a pedirem ao Fórum e aos dirigentes mundiais que assumam as suas responsabilidades no encontro que começa na terça-feira.

As autoridades suíças autorizaram apenas os dois primeiros dias da marcha, entre Landquart e Klosters, mas não a última etapa, até Davos, mas os ativistas garantem que querem lá chegar, mesmo que tenham de usar trilhos de montanha.

Cerca de cinquenta chefes de Estado e Governo deverão estar em Davos de terça a sexta-feira, entre um total de 2.800 participantes.

O fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, considerou "reconfortante" que o Presidente norte-americano, Donald Trump, e a ativista sueca Greta Thunberg estejam em Davos este ano, salientando que as preocupações com o ambiente serão um tema chave do encontro.

Em entrevista à Associated Press, Schwab afirmou que "ambas as vozes são necessárias" e que "o ambiente terá um papel particularmente importante durante este encontro", com Thunberg e Trump a falarem na terça-feira, o primeiro dia do encontro.

O foco no ambiente poderá ser um tema desconfortável para Trump, cuja administração defende a expansão do uso de carvão, eliminou regulamentação ambiental e desvalorizou as preocupações da comunidade científica sobre as alterações climáticas provocadas pela atividade humana.

"Reconhecemos a urgência porque sabemos que a janela de oportunidade para agir está a fechar-se", afirmou, acrescentando que muitas empresas "reconhecem que agir bem é uma condição para sobreviverem a longo prazo".

Klaus Schwab afirmou que estarão presentes quase todos os líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel.