Com o objetivo de interagir com a sociedade sobre os benefícios que a revolução da indústria 4.0 já traz à população, a escola de samba Rosas de Ouro e a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil vão levar a tecnologia até ao Sambódromo de São Paulo no Carnaval 2020.

Numa iniciativa inédita no Carnaval paulista, a associação programou para o desfile soluções com tecnologia embutida como, por exemplo, um chip incorporado em aproximadamente duas mil fantasias da escola para monitorizar a evolução de todas as alas no Sambódromo.

Este mesmo chip servirá para acompanhar o processo de devolução e descarte dos materiais usados na confeção das fantasias da Ala das Baianas e da "Código para o Futuro", numa ação de sustentabilidade – como sempre foi a preocupação da Rosas de Ouro. Agora, todo o processo será demonstrado com mais eficiência e menos perdas.

A parceria entre a associação e a escola faz parte do o projeto "Tempos Modernos", que tem como proposta discutir com a sociedade o impacto da Revolução 4.0 que está em curso. Para cumprir com este objetivo, foi criada a fantasia "Código para o Futuro", que tem como elemento principal um QR Code como ícone da GS1 Brasil.

Na fantasia, o código poderá ser lido pelos foliões através de um smartphone e uma aplicação com filtro onde este se integra ao figurino. O código vai ajudar a organização da escola a acompanhar a evolução no Sambódromo.

Antenas de captação de sinal por radiofrequência receberão informações dos integrantes da escola durante o desfile através dos chips. Cada ala terá informações como horário de entrada, tempo de desfile em cada setor do sambódromo, evolução e outras informações que auxiliarão os dirigentes a organizar o desempenho.

A GS1 Brasil realiza ações de integração dos foliões com novas tecnologias através dos códigos, desde os ensaios da Rosas de Ouro até ao dia do Carnaval no Sambódromo. Na questão da sustentabilidade, a escola saberá como as fantasias "Código para o Futuro" e da Ala das Baianas foram usadas e quais foram devolvidas para que tenham o destino correto e o reaproveitamento do material para outras finalidades. Ou seja, o chip dará à escola a capacidade de rastrear as fantasias após o Carnaval.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, "nesta, que é a maior festa popular do país, demonstramos como a tecnologia nos vai ajudar na produtividade e na preservação do meio ambiente com a rastreabilidade dos materiais usados nas fantasias; é uma iniciativa inédita no mundo que vai converter-se num caso de sucesso e de projeção internacional".

As tecnologias apresentadas no enredo da Rosas de Ouro são inovações como realidade aumentada, robótica e outros, que colaboram para melhorar a qualidade de vida, além de trazer mais eficiência para as empresas em várias áreas da sociedade como saúde, agricultura e alimentos.