Portugal está entre os países que em 2020 vão falhar metas por os Açores ainda não estarem incluídos no ordenamento do espaço marítimo nacional, onde também está por atingir a meta de 10 por cento de áreas marinhas protegidas, ficando-se pelos 07%, que mesmo assim não têm "gestão nem monitorização efetivas".
Essa meta é a única que será parcialmente cumprida a nível europeu, de quatro dos objetivos de desenvolvimento sustentável em causa.
Também não será este ano que os 27 vão acabar com a introdução de novos subsídios à pesca que vão resultar em sobrepesca ou acabar com os subsídios que contribuem para a pesca ilegal, indica a organização, outras das metas que Portugal não atingirá este ano.
A WWF cita números de 2009 da Fundação Calouste Gulbenkian, que contava como benéficos apenas 15% dos subsídios à pesca.
A pesca ilegal em Portugal é "tanto maior quanto maior for o valor económico das espécies capturadas", aponta a WWF, que nota que há pescarias que não estão dispostas a seguir os conselhos dos cientistas na gestão das espécies e que não promovem a recuperação das populações.
Para a organização, os Estados-membros da União Europeia devem dar prioridade nas áreas marinhas protegidas à conservação da biodioversidade e não às "oportunidades económicas a curto prazo".
Devem ainda continuar a proibir subsídios que aumentem a capacidade de pesca, incluindo os apoios à substituição de motores, propõe a WWF.
As embarcações de pesca que não cumpram o regulamento europeu da pesca ilegal, não regulamentada e não reportada devem ser alvo de sanções, que servirão para "compensar os danos causados aos ecossistemas e às comunidades".
Os objetivos de desenvolvimento sustentável fazem parte da agenda das Nações Unidas para 2030, adotada em 2015.
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