Esta série de imagens faz parte de um projeto, chamado CH2=CH2, resultante de uma experiência do português Rúben Caeiro durante o programa Erasmus+, desenvolvido ao longo de 3 meses em Berlim, onde esteve a viver.

“Assume-se como uma reflexão pessoal que resulta numa abordagem fotográfica centrada no tema 'Plásticos e os seus problemas de deterioração no meio ambiente', tais como : o aumento da poluição mundial nos oceanos, a deformação dos animais que neles habitam e as suas complicações. Como consequência surge um problema ambiental que afeta todos os seres vivos, principalmente os marinhos. Comecei a olhar ainda mais para esta problemática ainda em Berlim. Senti que lá no geral, sobretudo os jovens já estão mais alerta para este tipo de assuntos e já existem mais alternativas ao plástico do que aqui”, disse o jovem artista em conversa com o Volto JÁ/SAPO Lifestyle

O foco do projeto é usar o corpo humano como um elemento representativo desses seres vivos e das suas dificuldades perante esta problemática, através da fotografia conceptual e de uma visão artística.

“A intenção deste projeto é alertar para este problema e para a necessidade urgente de refletirmos e tomarmos uma atitude acerca do mesmo. E se fossemos nós? Com um fôlego direto em plástico durante 10 segundos, morreríamos por asfixia. Ao mesmo tempo, vão milhões de toneladas parar aos oceanos, que demoram mais de 100 anos a deteriorar-se completamente fazendo com que nós estejamos a ingerir micro-partículas desse mesmo plástico”, afirma Rúben Caeiro.

Caeiro garante que as imagens chocantes são um bom veículo de sensibilização para os problemas ambientais: “No final, penso que todos temos algum tipo de reação com as fotografias, e isso já quer dizer alguma coisa. Não deverá ser uma coisa que nos deixe indiferentes, e temos que começar a agir já”, refere o estudante algarvio de 23 anos.

Rúben Caeiro promete continuar a desenvolver projetos desta natureza. Pode segui-lo através do facebook e instagram.

*Artigo originalmente publicado em 05 de julho de 2019.