"Em janeiro, aconteceu no Peru um desastre ecológico considerado o pior dos últimos tempos, resultado de derrames de petróleo", começa por justificar a Climáximo em comunicado.
"O primeiro derrame, a 15 de janeiro, contou com pelo menos 6.000 barris derramados nas costas do país. A contaminação alcançou 180 hectares na costa e 713 no mar na zona da capital, Lima. Estimou-se que 3.000 pessoas estivessem impedidas de trabalhar devido ao acidente. No dia 25 de Janeiro, ocorreu um segundo derrame de petróleo na mesma área", acrescenta.
"Já foram mais de mil pessoas a manifestar-se em Lima contra a Repsol num percurso até uma Refinaria da empresa", refere a nota.
O Movimiento Ciudadano frente al Cambio Climatico (MOCICC), coletivo peruano pela justiça climática, exige "que a empresa assuma a sua responsabilidade direta por este desastre ambiental, implemente todas as ações necessárias e adequadas para controlar o derramamento, repare os danos ambientais e indemnize os pescadores e as famílias afetadas de forma justa e imediata".
Segundo a Climáximo, "a Repsol não se compromete com nada e lança as culpas do derrame à ondulação gerada pela erupção vulcão de Tonga".
"Desde o dia do derrame até hoje, as medidas tomadas tanto pela empresa como pelo Ministério do Meio Ambiente do Perú são insuficientes, tardias e ineficientes, enquanto o impacto ecológico aumenta com o passar dos dias, com o risco de afetar uma maior extensão dos ecossistemas marinho, costeiro e a vida, economia e saúde da população local", considera a organização.
A ação de solidariedade convocada pela Climáximo decorrerá em frente à sede da Repsol Portugal na Avenida José Malhoa 16B, perto de Sete Rios, às 18h00 de dia 4 de fevereiro.
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