Em comunicado, a Zero assinala que Portugal vai "falhar redondamente os seus compromissos com a União Europeia" porque a meta definida pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática era 103 mil toneladas e as entidades gestoras licenciadas pelo Estado só vão recolher "no máximo 48 mil toneladas" este ano.

Por isso, as entidades gestoras vão ter que "pagar ao Estado uma penalização por esse incumprimento, através da taxa de gestão de resíduos, num montante de quase 700 mil euros".

A Zero afirma que vai "apresentar nova queixa junto da Comissão Europeia" por causa do incumprimento de Portugal em 2019, ação que já tomou em 2017 e para a qual ainda não teve resposta das entidades europeias.

Entre os resíduos elétricos e eletrónicos incluem-se televisões, computadores, frigoríficos ou aparelhos de ar condicionado que "contêm vários componentes perigosos para a saúde".

"Estes resultados vêm provar, mais uma vez, a existência de falhas graves na gestão que está a ser feita em Portugal a este tipo de resíduos, situação que pode gerar graves impactos na saúde pública e no ambiente", alerta a Zero, que considera a situação "calamitosa".