Este dado é encarado como um triste recorde que desestabiliza a calote glaciar austral. Ao meio-dia, na base Esperanza, uma estação científica, a temperatura registava 18,3 graus.
Segundo o instituto meteorológico, trata-se de um recorde desde 1961. O anterior foi de 17,5 graus, em 24 de março de 2015.
Na base de Marambio, outra estação científica, a temperatura atingiu 14,1 graus, um recorde para um mês de fevereiro, desde 1971. O recorde anterior remonta a 24 de fevereiro de 2013, com 13,8 graus.
Os recordes de temperatura “certamente chocam, mas não surpreendem”, uma vez que a Antártida aquece com o resto do planeta, disse hoje Frida Bengtsson, especialista em ambiente marinho da Greenpeace, em comunicado.
Ontem, as autoridades meteorológicas russas adiantaram que as temperaturas na Sibéria bateram um novo recorde, não por valores negativos como seria de esperar no inverno, mas pelas temperaturas elevadas registadas na região de Tiumen, que atingiram 1,5 graus. "Está um tempo incrivelmente quente na Sibéria. Ontem [quarta-feira] em Tiumen registaram-se 1,5 graus", disse o diretor do Centro de Meteorologia, Román Vilfrand, citado pela agência EFE. O recorde anterior na região era de 0,5 graus.
"Já nos habituámos a temperaturas acima de zero graus em Moscovo, mas a região de Tiumen é conhecida pelas suas temperaturas gélidas", disse Román Vilfrand.
A temperatura média naquele local oscila entre os 13 graus negativos e os 18 graus negativos nesta altura do ano.
Após uma década recordes, que terminou com um ano de 2019 que foi o segundo mais quente já registado no planeta, o ano 2020 denota a mesma tendência, com o mês de janeiro mais quente já registado.
Consequência direta do aumento das temperaturas devido às atividades humanas, as calotes glaciares da Antártida e da Gronelândia perderam em média 430 mil milhões de toneladas por ano desde 2006, fazendo subir o nível dos oceanos.
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