Grande parte das mulheres considera que a segurança financeira é uma prioridade na sua vida, por isso, uma das caraterísticas que mais procuram nos companheiros é estabilidade económica. Este cenário tem vindo a mudar desde que o género feminino chegou de armas e bagagens ao mercado de trabalho, no século XX.Embora não estejam em pé de igualdade com os homens, a tendência é para, lentamente, caminhar-se para um cenário de salários idênticos.
Não obstante, em 2010, a disparidade salarial entre homens e mulheres atingiu os 12,8% em Portugal, segundo um estudo da União Europeia. Mas a independência financeira individual é um requisito fundamental para ter o controlo total da sua vida e permite-lhe tomar decisões conscientes.
O que é independência financeira?
Esta é uma noção que pode variar de pessoa para pessoa. Para uns pode representar a mansão dos seus sonhos, um carro de alta cilindrada, um iate para as férias e dinheiro suficiente para nunca mais ter de pensar nisso até ao fim da vida. Para outros pode ser aquele momento em que não tem necessidade de se preocupar com as contas do dia a dia, pois os recursos financeiros são suficientes para não ter de fazer contas de somar e diminuir.
É possível alcançar este estado, em que deixa de ser a pessoa que trabalha em função do dinheiro, para que seja o dinheiro a trabalhar para a fazer feliz. No entanto, este caminho é árduo e exige dedicação, será necessário fazer alguns esforços e cortar em alguns gastos. Para alcançar este patamar, há uma ideia que não deve ignorar: quanto mais crédito utilizar, mais longe fica deste objetivo.
5 passos até à independência financeira
1 – Poupe para o futuro
Se o objetivo é chegar a um ponto onde não tenha de viver a pensar mais em dinheiro, é necessário levar uma vida frugal. Se viver apenas para a gratificação diária, irá ter algumas dificuldades em atingir o ponto ideal. Por isso, assim que começar a ter rendimentos, deverá colocar uma parte de lado para as despesas imprevistas (fundo de emergência) ou para a reforma. O ideal é que seja entre 10 a 20% do seu ordenado. Aproveite enquanto ainda está a viver em casa dos pais e não tem grandes despesas para poupar um pouco mais.
2 – Estabeleça um plano financeiro
Atingir a independência financeira demora o seu tempo. Para que não se desvie do seu caminho, é importante que tenha um plano financeiro e faça por cumpri-lo. Para começar, faça uma lista dos seus rendimentos e dos seus compromissos financeiros (créditos, despesas fixas e variáveis) e compare-os. Caso as obrigações mensais igualem ou superem os rendimentos, há ajustes a fazer. Terá de cortar em algum lado ou aumentar o dinheiro que entra em caixa. Identifique os seus objetivos, estabeleça um plano financeiro para lá chegar e cumpra-o.
3 – Pague-se a si própria primeiro
Se quer as suas finanças pessoais em ordem, este é um dos conceitos mais importantes a absorver. Na gestão do seu orçamento familiar, a maior parte das pessoas opta por pagar as obrigações mensais primeiro e viver com o que sobra do ordenado.
Se fez um compromisso com a poupança, a estratégia tem de ser diferente: assim que o seu ordenado cai na conta, a primeira coisa a fazer é pagar-se a si própria, ou seja, imediatamente colocar de lado a percentagem de dinheiro que decidiu poupar. Canalize a quantia para o produto de poupança escolhido. Pense nisto como se de um imposto se tratasse.
Veja na página seguinte: Cuidado com os créditos
Mentalize-se de uma coisa: se estiver constantemente «apertada» com créditos vai ser complicado alcançar a independência financeira. Se é quase impossível fugir ao crédito à habitação, há outros que pode evitar. Caso já tenha um empréstimo para comprar casa, automóvel ou um cartão de crédito para as emergências não procure novos créditos, muito menos se for para comprar bens que não são essenciais. As dívidas e os juros «consomem» o seu dinheiro. Se não tiver cuidado, todos os seus rendimentos são absorvidos pelos créditos e deixa de ter possibilidade para poupar, correndo o risco de entrar em bancarrota pessoal.Pense duas vezes quando estiver numa loja com o cartão de crédito na mão. As dívidas têm um limite e deverá ser rigorosa e cumprir a taxa de esforço recomendada: um terço do seu rendimento disponível. Tenha uma vida simples, mas não aborrecida. Isto significa que não tem de abdicar das idas mensais ao cabeleireiro ou dos seus mimos pessoais, apenas ter algum cuidado nas compras. Seja realista, evite ir na onda da moda e comprar gadgets ou objetos apenas porque toda a gente tem. «Será que realmente necessito disto?», é o exercício que deverá fazer quando estiver prestes a cometer um desastre financeiro. Foque-se no que necessita e no que a faz feliz. Ir em tendências irá aumentar-lhe as despesas e dificultar o caminho até à independência. A responsabilidade editorial desta informação é da 4 – Cuidado com os créditos
5 – Gaste menos do que ganha
Comentários