Numa altura em que ainda se contabiliza diariamente os números da pandemia, há outras contas que começam a pesar em cada casa, como as do regresso das prestações dos créditos que estiveram em moratória.
Como muitas famílias continuam com dificuldade em recuperar das consequências económicas da Covid-19, o Governo decidiu estender alguns mecanismos de proteção, para suavizar o impacto de um encargo bastante pesado no orçamento mensal.
Por esta altura, a instituição financeira já deve estar a avaliar a situação dos clientes, mas quem sentir que terá dificuldade em cumprir o pagamento, não deve perder tempo e informar a entidade, para que possam trabalhar numa solução. Aliás, os bancos devem apresentar estas propostas até ao dia 15 de setembro, precisamente 15 dias antes de terminar a moratória.
Se é o seu caso, vale a pena avaliar os seus encargos mensais e ver quanto pode poupar.
E quais são as soluções?
Vai depender do tipo de crédito e do perfil do cliente, mas as soluções podem passar por consolidação de crédito, alargamento do prazo do empréstimo, ou ainda um período de carência de capital, por exemplo. E pode ser o cliente a propor a solução, sendo que a última palavra é sempre do credor.
Estas medidas fazem parte do Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) e do Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI), que, como o nome indica, se aplica quando já há pagamentos em falta. Se nenhuma destas medidas resultar, o processo só é extinto 90 dias depois.
Lembre-se que ninguém ganha com o incumprimento, mas, sem acordo e sem pagamento, é o banco que fica com a casa, e pode fazê-lo já a partir de janeiro.
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