O Orçamento de Estado para 2020 pode implicar um aumento significativo em determinados impostos, mas benefícios em outros. Conheça, em seguida, quais as principais mudanças.
1. Imóveis acima de 1 milhão com novo escalão
O Governo propôs a introdução de uma nova taxa de IMT para imóveis que são vendidos a um valor superior de 1 milhão de euros. A taxa passará de 6% para todas as casas acima dos 574.323€ e para 7,5% em propriedades acima de 1 milhão de euros.
2. Alojamento local paga mais impostos
Se o seu imóvel for destinado para um negócio de alojamento local, saiba que este passa a ser considerado como rendimento tributável para efeitos de tributação pelas regras do regime simplificado do IRS. As receitas obtidas e tidas em conta passarão de 35% para 50%.
No entanto, não existem só más notícias. Caso deseje passar o seu alojamento local para arrendamento tradicional, este ano fica isento de impostos sobre as mais-valias. Segundo o site Economias, "as Finanças vão deixar de tributar a diferença entre o valor de mercado do imóvel no momento do registo como Alojamento Local e o seu valor no momento da conversão para arrendamento".
Mesmo que exista mais-valia, não existe qualquer imposto a pagar se o proprietário se comprometer a manter o arrendamento tradicional por cinco anos consecutivos.
3. Arrendamentos acessíveis com direito a isenção de IRS e IRC
Os proprietários que decidirem cobrar rendas dentro dos limites do regime de arrendamento acessível durante cinco anos têm o direito de ficar isentos ao pagamento de IRS e IRC.
4. Prédios devolutos com IMI agravado
Caso tenha um terreno ou imóvel degradado numa zona habitacional e turística, vai ver a sua taxa de IMI ser agravada. Este imposto passa a ser seis vezes superior ao originalmente definido pelo município onde se encontra localizada a sua propriedade.
Além disso, a taxa vai ser agravada em mais 10% nos anos subsequentes, até ao limite de doze vezes o valor da taxa original.
5. IVA progressivo na eletricidade
O Governo pediu uma autorização legislativa para criar escalões de consumo na energia. A medida passa por aplicar uma taxa de IVA inferior aos consumos mais baixos e tornar o custo mais proporcional.
Apesar de a medida precisar de autorização do Parlamento Europeu, o objetivo é criar um patamar mínimo de consumo onde é aplicado IVA a uma taxa reduzida ou intermédia; ao restante consumo da taxa, é aplicado o IVA normal.
Caso precise de repensar o seu plano de eletricidade e/ ou gás, recorra ao simulador da Comparamais e conheça todas as ofertas que temos para si.
6. IRS mais barato para jovens qualificados à procura do primeiro emprego
Segundo o site Idealista, "o benefício fiscal apresenta um desconto de 30% no IRS no primeiro ano, de 20% no segundo e de 10% no terceiro ano, com os limites de 7,5 vezes o indexante de apoios sociais (3289,5 euros), cinco vezes o IAS (2193 euros) e 2,5 vezes o IAS (1096.5 euros), respetivamente e sempre em relação a rendimentos de trabalho dependente (categoria A)”.
Para beneficiar deste desconto fiscal terá de se enquadrar nas seguintes situações:
- Ter formação igual ou superior ao nível 4 do quadro nacional de qualificações (licenciatura, 12º ano com estágio profissional de seis meses no mínimo e ensino secundário com dupla certificação);
- Idade entre os 18 e os 26 anos e um rendimento bruto de até sensivelmente 2100€ por ano.
7. Filhos menores dão descontos extra no IRS
Se tem pelo menos dois filhos com menos de três anos, terá direito a um desconto adicional no IRS. Cada filho continuará a valer 600€ no IRS, o que num agregado familiar com dois filhos menores que dizer que tem direito a um abatimento automático de 1200€.
No entanto, a novidade é o facto de existir um estímulo de 174€ adicionais para famílias com filhos com idade inferior a três anos. Assim, a dedução sobre para 726€ (em vez dos 600€). Se na família o número de filhos com três anos for dois ou superior, um deles valerá um desconto de 900€ (em vez de 726€).
Para saber mais sobre este assunto, leia o artigo completo.
Comentários