Qual a origem da falta de dinheiro?

A primeira pergunta a que deverá dar resposta é perceber qual a origem da falta de dinheiro. Por outras palavras, por que existe um desequilíbrio no orçamento? É um desequilíbrio pontual ou tem-se verificado de forma consistente?

A resposta a esta questão envolve uma reflexão profunda. Isto porque somos tentados a dizer que o problema da falta de dinheiro é externo. Recebemos pouco ou o Estado aumentou os impostos são causas comuns. Mas serão a raiz do problema? Ou o problema será mais profundo?

Quanto mais ganhamos maiores serão as nossas despesas

É uma realidade assustadora. Se recebemos um aumento salarial ou se encontramos novas formas de ganhar dinheiro iremos, tendencialmente, aumentar o nosso estilo de vida. Se antes vivíamos confortavelmente com um orçamento familiar mais reduzido por que motivo teremos de aumentar as despesas simplesmente porque tivemos um aumento de rendimento?

É certo que todos queremos uma melhor qualidade de vida, mas temos de considerar que o aumento do rendimento pode ser uma boa oportunidade para constituir uma conta poupança para acautelar o futuro. Aliás, se assim fosse talvez pudéssemos ter evitado algum endividamento.

Não esconda a cabeça na areia

Um grande problema de muitas famílias que recorrem ao Dr. Finanças é negarem que existe um problema. E os sintomas de problemas financeiros podem ser diversos, como sendo:

  • Dívidas ao Estado – Atraso de pagamento de impostos como o IUC, o IMI ou mesmo dívidas á Segurança Social;
  • Dívidas aos bancos – Os atrasos, mesmo que pontuais, do pagamento de prestações financeiras vão originar o pagamento de juros de mora e de comissões, numa espiral de sobreendividamento que será muito difícil de contrariar;
  • Atrasos de pagamento de despesas essenciais, como os contratos de água, eletricidade ou gás.
  • Utilização frequente do cartão de crédito e da conta ordenado.

Negoceie

Estes sintomas de dificuldades financeiras irão traduzir-se em doenças, mais cedo ou mais tarde. Se falamos de dinheiro, o fumo irá gerar fogo. Assim, deverá procurar atacar o problema na sua origem. E isso é possível se entrar em contacto com as várias instituições a quem deve dinheiro ou com quem tem um contrato de prestação de serviços. Claro que para estar na posse de toda esta informação é necessário fazer o seu orçamento familiar e começar a procurar alternativas. Algumas alternativas serão:

  • Negociar com o banco as condições do seu crédito;
  • Fazer um crédito consolidado;
  • Reduzir o pacote de telecomunicações ou pedir um desconto;
  • Verificar se valerá a pena juntar o operador da eletricidade e do gás num único;
  • Negociar todos os seus seguros em bolo e pedir descontos;
  • Cortar algumas despesas que não são essenciais;
  • Vender bens que não precisa.

Para perceber o potencial da negociação de créditos, por que não utilizar o simulador de negociação do Dr. Finanças? Veja quanto pode poupar todos os meses com esta estratégia.

Quais as suas ideias para atacar os problemas financeiras? O que já fez para poupar dinheiro e equilibrar o seu orçamento?

Rui Bairrada