Se o ato de pregar um prego pode ser atribuído à força física do homem, a administração financeira do orçamento de casa poderá ser deixada ao cuidado das mulheres. Regra geral, ao género feminino cabe a tarefa de decidir o que vai comprar para a casa, quais serão as refeições do mês, até ao tipo de papel higiénico utilizado. Para além disso, as mulheres são mais facilmente seduzidas pela tentação da roupa, sapatos e estilo de vida glamoroso, ou seja, que requer mais dinheiro.
Por isso, se quer comprar o par de sapatos que viu na montra ou fazer a viagem dos seus sonhos, terá de começar a ter mão no seu dinheiro. Alcançar os seus sonhos quando o dinheiro não abunda pode parecer um objetivo longínquo, mas não é, basta que tenha possibilidade de os financiar.
Para evitar que o prazer de comprar se transforme num conjunto de privações quotidianas, é necessário fazer um orçamento familiar, ou seja, contabilizar todo o dinheiro que entra e o dinheiro que sai da sua conta bancária. Assim poderá definir qual a margem financeira que dispõe e determinar se os seus projetos são realizáveis, daqui a quanto tempo os poderá realizar e a maneira de os alcançar.
Passo-a-passo para o seu orçamento familiar
1 -Definir os rendimentos
Em primeiro lugar, identifique as principais fontes dos seus rendimentos (receitas) e também os encargos financeiros habituais (despesas).
Os rendimentos podem definir-se como o conjunto dos recursos obtidos num certo período de tempo. Estes englobam os rendimentos profissionais – salários, subsídios de férias, de Natal e alimentação, prémios, bónus e comissões. Há ainda os rendimentos sociais, como o abono de família, as pensões como o subsídio de desemprego ou o rendimento social de inserção. Se não está a trabalhar, mas recebe dinheiro do subsídio de desemprego ou uma pensão de velhice, dividendos de ações ou rendas de casas que arrenda, não se esqueça de incluir tudo no seu orçamento.
2 - Definir as despesas fixas
As despesas fixas são aqueles encargos inevitáveis, que se mantêm semelhantes todos os meses e que necessita pagar em prazos certos. Para esta secção do orçamento caseiro, anote todas as despesas que são certas, como o alojamento ou seguros. Existem ainda despesas fixas que são variáveis, como a alimentação, a conta da água ou luz. Para estas tem duas opções: utilizar uma estimativa dos gastos ou utilizar os valores do mesmo mês no ano anterior.
3 - Definir as despesas variáveis
Como o seu padrão de gastos não se esgota em despesas fixas deverá ter redobrada atenção com as despesas variáveis, que são aquelas que não sendo essenciais para a existência da família, são importantes para haver qualidade de vida. Exemplo destas são as refeições fora de casa, combustível ou vestuário. Esta é a categoria mais importante para fazer ajustes.
4 - Faça as contas
Calcule os totais dos seus rendimentos e despensas mensais. Se o resultado indicar que tem mais rendimentos do que despesas então está no caminho certo. Isto significa que pode distribuir esse excesso por outras áreas do seu orçamento, como a poupança para a reforma, a amortização de créditos ou para o vestido que anda a “namorar” na montra há meses. Tente que a sua poupança chegue a 10% do seu rendimento mensal.
Se tiver um total de despesas mais elevado do que o total de rendimentos, então vai ter de fazer algumas mudanças no seu estilo de vida que é insustentável.
5 - Faça ajustes nas contas
Se tiver identificado e calculado corretamente todas as suas despesas e o panorama não for atraente, o grande objetivo passa a ser conseguir ter a coluna dos rendimentos e a das despesas equilibradas. Se estiver numa situação em que os gastos são maiores do que os rendimentos, tem de olhar para as despesas variáveis e ver onde pode cortar. Esta é uma tarefa um pouco difícil pois irá ter de cortar em aspetos da sua vida que lhe davam algum prazer momentâneo. Lembre-se que se continuar a gastar mais do que ganha, irá chegar a uma situação insustentável de sobre-endividamento.
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