Os orgãos de comunicação social são um meio privilegiado de contacto com o público. A participação num programa televisivo ou uma entrevista numa publicação ou jornal de referência podem exercer um efeito considerável ao nível da divulgação do seu negócio.
Os convites podem surgir espontaneamente, mas geralmente são endereçados a pessoas que já tenham uma considerável projeção mediática. Quem está a começar terá de ser paciente e persistente na sua abordagem aos meios de comunicação.
Se esta oportunidade rara e valiosa surgir, apresente-se da melhor forma possível para maximizar os seus efeitos. Pode ser um momento decisivo na sua carreira, pelo que não deve ser desperdiçado. Por norma, menos é mais. Deve ouvir antes de falar, não ceder à tentação de ter a resposta pronta, saber ouvir com serenidade e saber comunicar de forma clara e objetiva.
O conteúdo é muito importante e a forma como é apresentado varia consoante o meio de comunicação em causa. Se numa entrevista para um jornal ou revista os conteúdos são mais editados e há tempo para pausas, reflexões e hesitações que não se refletem no resultado final, em televisão e mesmo na rádio, o tempo é muito reduzido para a narrativa, principalmente numa transmissão em direto.
Para garantir o melhor resultado possível, a preparação é fundamental e há aspetos essenciais que não deve esquecer. Nesta fase, um assessor de imprensa pode ser um importante apoio. Veja as cinco dicas de Florbela Barão da Silva, consultora de comunicação e fundadora da ViewPoint, para comunicar com eficácia.
1. Preparação
O princípio de uma boa entrevista é o domínio do conteúdo a ser abordado no alinhamento, pelo que deve identificar as expectativas do jornalista. O que pretende? Como funciona? Procure saber com antecedência o tema e os conteúdos a abordar e ensaie o que pretende transmitir, para obter uma comunicação mais eficaz.
2. Conteúdo
Treine e foque-se em três mensagens-chave e não se canse de reforçar aquilo que quer transmitir. Faça um levantamento de números relevantes que possam contribuir para reforçar e “pintar” a sua argumentação. Se lhe derem oportunidade e tiver tempo partilhe histórias, ideias e experiências.
3. Postura
Em televisão “a imagem fala”, pelo que é preciso cuidado para que a postura não traia o discurso. Rir, franzir a testa, movimentação excessiva ou suspiros são gestos que podem revelar insegurança ou incómodo. Sente-se numa posição em que se sinta confortável. Não vista roupa às riscas ou com padrão espigado. Atenção aos acessórios que criam ruído.
4. Atitude
Mantenha uma expressão facial positiva. Não rode a cadeira e evite mexer-se demasiado. Estabeleça contacto visual com o jornalista e não disperse a sua atenção para elementos como, por exemplo, a câmara, se estiver na televisão.
5. Linguagem
Fale e gesticule com naturalidade. Procure sentir-se como se estivesse numa conversa informal. Fale com precisão, de forma clara e objetiva. Apresente uma ideia em cada frase e evite termos técnicos em excesso. Use frases curtas e objetivas e não emita opiniões pessoais. Evite o calão e a gíria inapropriada (“tipo”, “bué”) e utilize pausas em substituição das “bengalas verbais”.
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