Os começos têm esta característica motivacional, de nos empurrar para a acção e de nos levar a tomar decisões. São, por isso, momentos fulcrais para colocar em prática ideias, projectos, investimentos ou melhorias que se queiram ver realizadas e a chegada de um novo ano representa o começo mais forte de todos.
E como podemos utilizar esta passagem da melhor forma? O que precisamos pensar para que este seja o começo que deseja?
Existem alguns passos que pode realizar para sistematizar as suas ideias, fazer um resumo do que pretende e delinear uma estratégia adequada às mesmas. Aqui ficam cinco passos para começar bem o ano, potenciando as suas realizações pessoais:
O que não correu bem o ano passado?
Em cada ano, é normal existirem momentos melhores e momentos piores, existindo uma variação entre acontecimentos que correram bem e outros que correram mal. É uma variação geral para todas as pessoas, que varia no impacto nessas situações, podendo ter mais ou menos influência no nosso dia-a-dia, variando, também, a frequência com que ocorrem estas situações. Muitas destas situações são alteráveis por nós, podendo cada pessoas intervir nas mesmas no sentido de as alterar e de criar situações mais adequadas para si. Assim, o que correu mal o ano passado? É importante que realize, para si, um resumo do que foi menos bom, percebendo de forma clara o que correu mal e pode ser diferente.
O que correu bem o ano passado?
Da mesma forma que o ponto anterior, é necessário perceber o que correu bem. O que teve a nossa intervenção para correr bem é um ponto de partida para que sejam potenciados os comportamentos que levaram a coisas boas, levando a novos acontecimentos bons. Além disto, é importante que consigamos e saibamos valorizar as nossas vitórias, por mais pequenas que sejam.
O que quero mudar face ao ano anterior?
Feitos os balanços sobre o que correu mal e bem no ano anterior, é fulcral utilizar essa informação de forma produtiva e não apenas para que conste numa folha sem consequência. É necessário incidir sobre cada ponto e perceber que mudança queremos empregar nos mesmos, no sentido de potenciar o que correu bem e de alterar o que correu mal. É necessário estabelecer objectivos específicos, com metas definidas e estratégias para as alcançar. Assim, será mais motivante chegar aos mesmos e mais real a meta a alcançar, aumentando a sua concretização. É necessário adequar a estratégia sempre que lhe parecer que se está a desviar do objectivo. Festeje as pequenas vitórias, os passos que dá dentro de cada caminhada para o objectivo, pois irão potenciar a sua acção e utilize cada derrota para ponderar o caminho a seguir.
O que quero acrescentar este ano?
Além do que queremos mudar, é importante perceber o que ainda não está feito e queremos acrescentar ou realizar. Todos temos aquelas pequenas coisas que dizemos para nós que é para amanhã, ou que depois se trata, ou que surgirão com o tempo, não nos responsabilizando pela sua realização. Visitar aquele local ou almoçar com aquela pessoa. É importante percebermos o que falta na nossa vida, pequenas coisas que podem fazer a diferença, na nossa rotina diária ou saída dela, para que nos sintamos em bem-estar connosco.
O que quero investir este ano?
Por fim, este é o ponto onde pomos em prática as nossas ideias, os pequenos pensamentos sobre o que gostaríamos de concretizar e de alcançar e que se podem tornar em pontos fortes do nosso ano e nos anos futuros. Investir no que nos faz bem, em projectos ou ideias pessoais, é colocar cá fora o que idealizamos por dentro e agir no sentido do nosso bem-estar pela concretização das mesmas. É urgente investirmos em nós, principalmente, criando os meios para isso e valorizando-nos pelo alcançar desses objetivos.
Todos os anos, a cada dia, é uma nova oportunidade de fazermos mais por nós e pelos outros. Dizermos que temos de fazer não chega. É preciso acção. Nós somos os agentes centrais do nosso bem-estar e é neste sentido que temos de ser os pilares vivos da acção para o mesmo. Segundo Einstein, fazer sempre o mesmo e esperar resultados diferentes será sinal de loucura, isto é, se queremos resultados diferentes do que temos, teremos de mudar de estratégia para obter coisas diferentes. Que 2017 seja o ano para isso mesmo.
Tiago A. G. Fonseca
Psicólogo Clinico
Psinove – Inovamos a Psicologia
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