Havia de ser mais fácil se conseguíssemos ver o lado positivo em tudo. Ou se conseguíssemos ser positivos com mais frequência. Mas não somos positivos sempre. Todos os dias. Todas as horas. por mais entusiastas, há momentos, claro, em que não dá!
Normalmente o negativo surge quando nos confrontamos com algo que nos expõe. Que nos lança para uma frente que não temos bem a certeza de querer ocupar. Como quando sabemos que nos vamos expor. Numa reunião. Com o chefe. Numa apresentação.
Qualquer que seja o momento ou a situação, uma sugestão: aceite o medo. Deixe-o entrar, mesmo! Abra-lhe a porta, bem aberta. O medo que entre pela porta da frente. Ele que tome assento algures, bem à sua vista.
Em vez de evitar olhar o medo nos olhos, olhe-o bem. Assim, olhos nos olhos, será o mais íntimo possível. Veja para além dos olhos do medo. Procure o que lhe diz. Provavelmente vai encontrar os melhores fundamentos.
O medo aparece para nos proteger. Se não existisse, o mais natural seria perdermo-nos, algures.
Agora que já sabe qual a função do medo, deixe-o viver. Não insista em calá-lo, em disfarçar que está por ali. Ele vai mesmo ficar.
É mais fácil construir sobre as intenções positivas do medo. Sabe o que vai ter mesmo de trabalhar para que o medo sossegue.
Sabendo que o medo ali vai ficar, oriente a sua atenção para outros elementos.
Qualquer que seja a sua prestação, saiba bem ao que vai. Tenha bem presente qual o seu objectivo. Quem será a pessoa ou as pessoas que vai ter pela frente. O que quer fazer acontecer.
Cláudia Nogueira
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