A nossa verdadeira prioridade ,quem sou EU?

Esta verdade reflete-se em duas questões:

1ª: Ao conhecer-me conheço realmente quem está comigo e quem eu realmente quero que esteja comigo.

2ª: É apenas quando me conheço, que posso saber verdadeiramente o que venho cá fazer, perceber qual a minha missão e qual o meu serviço ao mundo.

Comecemos por tomar consciência da 1ª questão.

Muitas vezes é mais fácil perceber quem é “o outro”, seja ele um familiar, um amigo, um colega, ou até mesmo um inimigo! Porque quando estamos de fora conseguimos perceber melhor o outro.

Mas que quer isto realmente dizer?

Pela minha experiência tenho vindo a perceber que não só é mais fácil estar de fora, como também é mais fácil julgar e/ou admirar o outro do que a nós mesmos. A questão é que ao fazermos isso estamos a ativar uma das leis mais potentes do universo, a lei do espelho! E como funciona esta lei?

Tudo é um reflexo de nós mesmos, e como tal, o outro é inevitavelmente um reflexo nosso. Tanto nas suas qualidades que vibram connosco, que admiramos e com as quais nos identificamos, assim como nos seus defeitos que nos fazem reagir em vez de responder, ativando em nós padrões e memórias emocionais.

Mas porque é que reagimos em vez de respondermos? Porque é que muitas vezes não conseguimos dizer não ou ser assertivos, ou simplesmente aceitar esse ”defeito” no outro?

A resposta é simples mas não obrigatoriamente fácil. Por exemplo, essa pessoa ou situação está a espelhar uma característica, atitude ou forma de pensar que também temos dentro de nós e não gostamos. E na maior parte das vezes tudo isto se passa a um nível inconsciente.

No entanto esta lei não funciona somente pela igualdade mas também pelos extremos opostos.

Exemplo 1: Se eu sou uma pessoa muito arrumada vou atrair outra super arrumada ou o seu extremo: uma pessoa super caótica e desarrumada.
O segredo está no equilíbrio. Devo tornar-me arrumado mas não paranóico, não dependendo disso para se sentir seguro. Logo, se me equilibrar atrairei o equilíbrio.

Exemplo 2: Se eu sou uma pessoa muito emotiva, vou atrair uma pessoa muito controlada nas suas emoções ou outra também emotiva, mas mais ainda do que eu.
O segredo está mais uma vez no equilíbrio. O objetivo passa por ser expressivo, espontâneo e emocional, mas sem dramatizar. Tendo uma atitude proactiva, prática e realista.

Exemplo 3: Se eu sou uma pessoa demasiado pacífica, vou atrair pessoas com raiva ou pessoas demasiado pacíficas e passivas, que não reagem nem respondem. Logo o segredo está mais uma vez no equilibro. Tornar-me pacífico mas proactivo, respondendo sem reagir. Isto torna-se mais fácil se não levar o assunto ao nível pessoal.

Perante isto, convido-o a tomar consciência de quem anda a ser e, a decidir quem realmente quer ser!

A 2ª questão que implica a tomada de consciência da sua missão e serviço ao mundo, pede para aprofundar esse conhecimento em vários sectores.

Qual a sua conexão?
Para sabermos a nossa missão é de vital importância, conhecermos:
- As nossas necessidades e respeitá-las,
- Os nossos talentos e capacidades,
- O que nos dá prazer,
- O que realmente valorizamos e que princípios pelos quais nos regemos,
- Os sonhos e aspirações que queremos atingir e realizar
- O nosso maior “trauma” e medos

Apesar dos seus sonhos e aspirações estarem ligados já de algum modo com a sua missão, se não conhecer e respeitar as suas necessidades nunca conseguirá gerir bem as suas prioridades, pois elas mais cedo ou mais tarde falarão por si.
Se não souber o que lhe dá prazer, nem quais são as suas capacidades e dons ao nível físico, mental e espiritual, nunca conhecerá os seus recursos para realizar a sua missão.

Se não souber as verdades e valores éticos em que acredita e que fazem sentido para si, nunca vai saber o que realmente guia a sua vida, pois são elas que o ajudam a definir a sua filosofia de vida – a maneira como vive e vê a vida.

E por último, se não souber qual o seu maior trauma (medo de existir, abandono, injustiça, rejeição, traição, medo de não ser amado, etc.) nunca perceberá realmente a sua motivação mais profunda ao escolher “aquele serviço e missão”.

Logo pergunto-lhe: Está pronto para assumir o maior compromisso da sua vida?