O conceito de saúde sexual abarca uma complexidade e riqueza de aspetos físicos, emocionais e até sociais. Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a saúde sexual envolve o reconhecimento e proteção dos direitos sexuais de todos os indivíduos, independentemente da idade, orientação sexual, género ou condição de saúde. Estes direitos incluem o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, a informação confidencial e precisa, e a capacidade de tomar decisões informadas sobre a própria vida sexual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que respeitar, proteger e cumprir estes direitos é essencial para alcançar a saúde sexual.
Mas este dia é também uma excelente oportunidade para se refletir sobre questões mais profundos e subtis das nossas relações. Num mundo que frequentemente destaca o lado físico da intimidade, começa a abrir-se espaço para explorar a intimidade para além do sexo.
E como reforçar esses laços de intimidade, sabendo que ela está no epicentro de qualquer relação?
Cultivar a intimidade no dia a dia
A comunicação é crucial: uma comunicação honesta e aberta é essencial tanto para a intimidade como para a saúde sexual. Quando os casais discutem sobre os seus desejos, limites e necessidades sem medo de serem julgados, criam uma ligação emocional que desenvolve a sua relação física.
Tempo de Qualidade: encontrar tempo de qualidade com o nosso parceiro pode ser um desafio, tendo em vista as vidas agitadas que vivemos. É importante priorizar atividades que nos permitem conectar emocionalmente, podendo isso ser feito através de um jantar calmo e descontraído, um passeio no parque ou simplesmente um momento de ronha no sofá.
Afeto Físico Não Sexual: o toque físico, como dar as mãos, abraçar ou um toque gentil, pode estimular a intimidade emocional. Estes gestos transmitem amor e segurança, aprofundando a ligação emocional e contribuindo para uma relação sexual mais gratificante.
Experiências Partilhadas: criar memórias juntos fortalece a ligação entre o casal. É importante participar em atividades que ambos gostem e criar novas tradições. Experiências partilhadas promovem um sentimento de pertença e união.
Vulnerabilidade e Confiança: permitirmo-nos ser vulneráveis com o nosso parceiro cria confiança, o que é fulcral para uma relação sexual saudável. Quando os casais se sentem seguros e protegidos, é mais provável que explorem a sua sexualidade de forma mais aberta e sem medos.
Estudos demonstram que os casais que dão prioridade à sua intimidade emocional apresentam níveis mais elevados de satisfação na relação. Essa proximidade emocional liberta oxitocina, a designada “hormona do amor”, que intensifica os laços e as ligações, conduzindo a uma melhor comunicação, mais empatia e compreensão das necessidades e desejos.
A psicóloga clínica e sexóloga Inês Melo dá como exemplo de ferramenta para trabalhar a comunicação entre o casal e a intimidade a utilização de brinquedos sexuais. “Ainda que a educação sexual vigente no nosso país nos faça problematizar o uso de brinquedos sexuais, a verdade é que estes podem ser um excelente aliado no momento da relação sexual. No fundo, são uma forma segura e saudável de trazer mais prazer para a relação sexual e, consequentemente, aumentar a comunicação e intimidade entre o casal e a vontade de se voltarem a envolver em práticas sexuais futuras. Os brinquedos sexuais ajudam-nos a descobrir preferências e desejos, contribuindo para o nosso autoconhecimento, confiança sexual e, até, autoestima”.
A LELO é uma das marcas no segmento de brinquedos de luxo com uma narrativa que procura sair do convencional tema “prazer”, mas também influenciar o movimento de autocuidado, o rompimento de tabus e clichés do corpo para que os brinquedos sexuais possam também ser vistos como ferramentas para uma vida íntima mais plena e saudável.
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