Os tranquilizantes e sedativos não são todos iguais e não provocam sempre as mesmas reações.

Só devem ser tomados com receita médica, após criterioso diagnóstico e sob acompanhamento médico.

Há que avaliar os diferentes fatores individuais, familiares, ambientais, medicamentosos e nutricionais, e a presença de doenças coexistentes que possam provocar as alterações de humor.

Importa ter em conta o tempo de toma de tranquilizantes para não criar habituação e dependência. Nunca podem ser critérios para a administração de tranquilizantes aspetos únicos, como idade, agitação, gritar, não dormir, andar sempre de um lado para o outro, ficar agressivo ou querer sair do lar.

Manter horários de sono, não tomar café, chá preto, bebidas alcoólicas ou refeições muito pesadas perto da hora de dormir, manter uma atividade física e interação social regulares, não se automedicar, ter um bom controlo da dor e atenção ao sofrimento humano ajuda a manter o equilíbrio psicológico.

Muitas pessoas idosas internadas em lares onde estes cuidados não são observados estão demasiado medicadas com tranquilizantes, ficam apáticas, movem-se muito menos, ficando submissas, desinteressadas de tudo e morrem precocemente. É uma situação inaceitável que deve ser denunciada como crime público.

Revisão científica: Maria João Quintela (presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia)