Ao fazer as suas resoluções para o novo ano, inclua na sua lista de prioridades para os meses que se avizinham um check-up à sua saúde. Esta é uma excelente altura para realizar aquelas consultas e aqueles exames que passa a vida a adiar. Se ainda não os agendou, é melhor começar a preparar-se para o fazer. Esta poderá vir a ser a sua melhor decisão e a mais sábia resolução de 2017 porque, como sabe, com a saúde não se brinca!

Exame oftalmológico

Deve ser feito com regularidade, idealmente todos os anos. A partir dos 40 anos, mesmo que não tenha nenhuma dificuldade na visão, deve realizar um para prever, entre outros problemas, o risco de glaucoma, uma doença ocular que pode levar à cegueira. Repita este procedimento de diagnóstico todos os anos, sobretudo se tiver diabetes. Se usa óculos ou lentes de contacto, verifique a graduação.

Colonoscopia

Este exame deve ser feito com regularidade a partir os 50 anos ou, quando há história familiar de cancro coloretal, aos 45 anos. É o procedimento de diagnóstico que deteta lesões malignas ou pré-malignas no intestino que permite avaliar a existência de sintomas de cancro coloretal. Repita a cada dez anos ou a cada cinco, em caso de histórico de doença familiar.

Densitometria óssea

É recomendado a partir dos 65 anos. É o exame que mede a densidade dos ossos. No caso de fraturas vertebrais ou da anca e/ou de magreza excessiva, este exame deve ser feito mais cedo. Depois da menopausa, há uma perda de massa óssea abrupta e este é o exame que permite diagnosticar a osteoporose. Repita a cada dois anos, se tiver osteoporose e se estiver a fazer tratamento.

Citologia do colo do útero

No máximo, deve ser realizado até três anos depois de uma mulher iniciar a sua vida sexual. No Serviço Nacional de Saúde, o rastreio é feito entre os 25 e os 64 anos, gratuitamente, de três em três anos, na consulta de planeamento familiar. É o exame ginecológico que analisa as células do colo do útero e permite diagnosticar o cancro do colo do útero. Deve ser repetido, idealmente, a cada três anos.

Mamografia

A mamografia deve ser feita a partir dos 45 anos ou, em casos de cancro da mama em familiares diretos (mães, irmãs ou tias), antes dos 40. Deverá continuar a realizar, mensalmente, o autoexame da mama mas, nesta idade, com a mamografia já é possível identificar nódulos precoces que ainda não podem ser sentidos na palpação. Repita a cada dois anos para minimizar os riscos de cancro de mama.

Autoexame da mama

A partir dos 20 anos, deve fazer parte das rotinas de qualquer mulher. Até aos 40 anos, é o meio mais eficaz para detetar precocemente o cancro da mama. Consulte o médico, se detetar assimetrias, alterações notórias da cor da pele ou se sentir dor. Repita todos os meses, depois da menstruação. Para saber quais são os gestos que deve executar para fazer este autodiagnóstico, clique aqui.

4 consultas que também são indispensáveis:

1. Check-up médico

Consulte o seu médico de família, uma vez por ano. Além das análises de rotina, deve fazer monitorização do peso e programação do estilo de vida mais adequado, principalmente a partir dos 40 anos.

2. Consulta dentária

Visite o dentista, uma vez por ano, não só para prevenir problemas dentários mas também para evitar complicações que podem decorrer de problemas dentários e que podem ter consequências graves como doenças cardíacas e renais.

3. Consulta de planeamento familiar

É a primeira consulta que deve agendar, por volta dos 20 anos ou quando iniciar a sua vida sexual. Está disponível nos centros de saúde. Serve para abordar problemas ginecológicos, realizar a observação ginecológica e esclarecer dúvidas sobre a sexualidade e a contraceção. Pode-se ainda fazer o rastreio oncológico (a citologia do colo do útero) e ajudar a programar a gravidez. Deve ser repetida todos os anos.

4. Consulta pré-concecional

Se é mulher e está a pensar em ser mãe, deve marcar uma consulta pré-concecional cerca de quatro meses antes de engravidar. Esta consulta é fundamental para antecipar problemas que possam surgir durante a gravidez e para garantir uma gestação saudável.

Texto: Sofia Cardoso