O estudo mostra que o sistema nervoso reprograma padrões de movimentos com o objetivo de gastar o mínimo de energia possível. "E isso é uma notícia má para quem come muito", comenta o professor de fisiologia Max Donelan, co-autor do estudo, citado pela BBC.

Durante a investigação, os cientistas pediram a nove voluntários que usassem um aparelho ortopédico que dificultasse o ato de caminhar. Depois de alguns minutos, todos os voluntários tinham modificado o seu modo habitual de andar para usar menos energia, ou seja, queimar menos calorias.

Segundo os analistas, o sistema nervoso continuou a aprimorar os movimentos para manter um consumo baixo de energia.

As conclusões da investigação, divulgada na publicação Current Biology do grupo Cell, confirmam a "tendência" de que os humanos usam o menor esforço possível nas tarefas físicas.

"Fornecemos uma base psicológica para essa preguiça ao demonstrarmos que mesmo num movimento comum como andar, o sistema nervoso controla, de maneira subconsciente, a energia usada e vai, continuamente, aprimorando os padrões, num exercício constante para se mover de maneira mais barata, com menos gasto calórico", cita a referida televisão britânica.

Mesmo quando os participantes optaram por correr, os seus cérebros trabalharam para que isso fosse feito da maneira mais eficiente possível, salientam os cientistas.