Tendem a surgir do nada, muitas vezes depois dos meses de maior calor. Mas será que são todos perigosos? «O aparecimento de sinais é um fenómeno natural que se observa em praticamente todas as pessoas. Alguns sinais podem já estar presentes desde o nascimento e o normal é surgirem novos sinais ao longo de toda a vida», esclarece David Serra, médico dermatologista na Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra.

Existem muitos tipos de sinais e há numerosos fatores que influenciam o seu aparecimento com destaque para a genética/hereditariedade e a exposição solar. «A gravidez, a utilização de solários ou a realização de tratamentos de oncologia (radioterapia e/ou quimioterapia) também podem influenciar de forma muito significativa o aparecimento de sinais», sublinha o especialista.

A lista inclui ainda «pessoas com história pessoal ou familiar de cancro de pele, pessoas com muitos sinais, pessoas imunodeprimidas, pessoas com pele clara, olhos claros, com antecedentes de queimaduras solares e/ou com exposição solar excessiva que devem ser vigiadas regularmente», acrescenta ainda o médico, que deixa ainda um conselho.

«Mesmo não fazendo parte destes grupos de risco, importa conhecermos a nossa pele e realizar periodicamente um autoexame de forma a identificar alterações que facilmente passam despercebidas. Em caso de dúvida, será prudente consultar o médico de família ou então consultar o dermatologista para uma avaliação diagnóstica mais aprofundada», recomenda David Serra.

A regra ABCDE

O aparecimento de um novo sinal, diferente dos restantes, sobretudo após os 50 anos, é motivo para procurar aconselhamento médico. Mas não só. A alteração de um sinal ou o seu crescimento rápido, em qualquer idade, justifica a marcação de uma consulta com o médico de família e/ou médico dermatologista. Faça-o caso, ao analisar os seus sinais, identificar alguma destas características:

- A de assimetria

- B de bordos irregulares

- C de cor. A presença de mais do que uma cor na mesma lesão pode ser um sinal de alarme

- D de diâmetro superior a 5 milímetros

- E de evolução. Se o sinal muda de aspeto ou de tamanho, o melhor será consultar um especialista