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A diarreia pode ser classificada como aguda (duração inferior a duas semanas) ou crónica (duração superior a 4 semanas). Nas situações ligeiras e autolimitadas não é necessário recorrer a um médico. No entanto, se a diarreia subsistir e for acompanhada de outros sintomas, o caso deve ter o acompanhamento de um especialista em gastrenterologia ou médico de família.
A definição estrita de diarreia não é consensual e cabe ao médico avaliar a sintomatologia apresentada. Os sintomas associados à diarreia podem ser variados, tais como: dor abdominal, distensão abdominal, flatulência, desidratação, perda de peso, tenesmo, incontinência fecal, entre outros.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), a maioria dos episódios de diarreia aguda deve-se infeções gastrointestinais auto-limitadas e facilmente tratadas. Na diarreia crónica, as possibilidades de diagnóstico são mais vastas, sendo esta mais frequente por causas não infecciosas, como a síndrome do intestino irritável (SII), a doença inflamatória intestinal (DII) e as síndromes de má absorção.
Na maioria dos casos, o exame físico é importante para determinar a severidade da diarreia e não a sua causa. O exame abdominal deve ser cuidadoso para excluir outras patologias que podem manifestar-se com presença de diarreia, como a diverticulite, apendicite ou lúpus, por exemplo.
No que toca à diarreia crónica, a sua abordagem diagnóstica e terapêutica é mais complexa atendendo à multiplicidade de causas, como doença sistémica, stress, toma de fármacos, realização de tratamentos como radioterapia, intolerância à lactose, entre outras.
Quando deve ir ao médico?
Deve recorrer a um especialista nos seguintes casos:
- Quando há sangue nas fezes;
- Perda de peso;
- Febre e/ou vómitos;
- Desidratação;
- Na presença de doença crónica;
- Quando a diarreia é prolongada ou superior a um período de duas semanas.
O que fazer?
O tratamento mais importante da diarreia passa por assegurar a reposição de fluidos e electrólitos. A maioria dos casos de diarreia aguda é auto-limitada, sendo apenas necessário o tratamento sintomático com fluidos e alteração da dieta.
Os fármacos antidiarreicos devem ser utilizados com precaução nos doentes com diarreia sanguinolenta, febre e distensão do cólon. O uso de antibióticos deve ser excecional, reservando-se para os casos prolongados, com febre alta e sintomas como vómitos, emagrecimento e desidratação. A antibioterapia empírica deve ser considerada nos casos de diarreia severa e apenas sob prescrição médica.
Na diarreia crónica o tratamento é individualizado, segundo as causas.
Como evitar a diarreia aguda?
- Mantenha as mãos limpas para não ingerir microorganismos potencialmente nocivos.
- Lave as frutas e legumes para evitar a contaminação por bactérias como a e-Coli ou outros parasitas.
- Beba água limpa e potável para evitar microorganismos nocivos.
- Cozinhe bem os alimentos perecíveis para evitar bactérias perigosas.
A leitura deste artigo não dispensa a consulta de um profissional de saúde.
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