No setor da Saúde, o recurso à tecnologia não é novidade, mas a sua rápida evolução tanto a nível do desenvolvimento da mesma como da sua aplicação e implementação desde o diagnóstico à terapêutica, faz-nos crer que, em diante, as maiores e mais disruptivas soluções serão essencialmente neste campo.
Como em diversos setores, na saúde, as tecnologias de informação e comunicação e os sistemas eletrónicos têm-nos permitido, entre muitas outras vantagens a considerar, encurtar distâncias e responder a muitos dos desafios causados pela limitação de meios e de recursos humanos.
Desenhadas para responder tanto a nível da prevenção, como do diagnóstico, do tratamento e do acompanhamento, estas ferramentas são um contributo claro para o aumento da qualidade de vida das populações.
A equidade no acesso aos cuidados de saúde
No caso concreto das doenças crónicas, como a insuficiência renal, cujo número de doentes regista uma tendência de crescimento, a monitorização remota através da telemedicina assume-se como uma necessidade do ponto de vista da equidade no acesso aos cuidados de saúde, garantindo que todos os doentes, independentemente da sua localização geográfica, têm acesso aos mesmos serviços de acompanhamento na gestão da sua doença.
A telemedicina vem permitir uma clara aproximação entre o profissional de saúde e o doente, numa partilha de dados clínicos totalmente segura. A estas vantagens somam-se ainda a redução do número de visitas não planeadas ao hospital, a gestão mais proativa da doença e a deteção mais rápida de potenciais complicações associadas ao tratamento, com melhorias significativas nos índices de adesão à terapêutica.
A inovação terapêutica assente nas tecnologias da saúde insere-se numa estratégia de eficiência cujo impacto direto se vai refletir, a curto prazo, na qualidade de vida das populações e numa optimização de recursos, nomeadamente os humanos e terapêuticos, e a longo prazo, em poupanças significativas que se traduzem também num maior poder competitivo do Sistema Nacional de Saúde (SNS), fundamental para a sua sustentabilidade.
Um artigo de Filipe Granjo Paias, Diretor-Geral da farmacêutica Baxter Portugal.
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