Quando se tem DII, o intestino fica inflamado, o que pode dar origem a outras patologias. Na Colite Ulcerosa e na doença de Crohn, caso a patologia atinja a totalidade do cólon, é preciso estar alerta e vigilante. Há uma probabilidade maior de desenvolvimento de um cancro dos intestinos comparativamente com o resto da população, principalmente nas pessoas que vivem com DII há mais de 8 a 10 anos.

Para saber mais sobre o cancro na Colite Ulcerosa, o novo episódio de “Dar a Volta à DII” contou com a participação da Dra. Teresa Pinto Pais, Gastrenterologista no Instituto Português de Oncologia do Porto.

A vigilância periódica é obrigatória, para que haja segurança relativamente ao estado do nosso intestino. Por outro lado, com o aparecimento recente das terapêuticas mais inovadoras, a comunidade científica tem chamado também a atenção para a possibilidade de surgimento de linfomas em pessoas que estão a ser tratadas com medicamentos biotecnológicos. É preciso ficarmos atentos.

Numa entrevista esclarecedora sobre as ligações entre o aparecimento do cancro quando se tem Colite Ulcerosa, a Dra. Teresa Pinto Pais, sugere, para ajudar as pessoas com DII a prevenir esta possível situação, “seguir a terapêutica corretamente”, “seguir a calendarização das consultas, dos exames” e “no que diz respeito ao cancro colon-retal” “ seguir um protocolo de vigilância que neste momento está estabelecido e recomendado nas sociedades ocidentais, que é a realização de uma colonoscopia com biópsias, que na Colite Ulcerosa está sugerida aos oito anos a partir do início dos sintomas, e tem por objetivo fazer uma avaliação detalhada e pormenorizada de toda a mucosa cólica, recolher amostras em todos os quadrantes a cada 10 cms para detetar “alterações subtis ainda iniciais”.

Apesar da terapêutica imunossupressora ter riscos, “ela é sugerida quando se entende que o benefício compensa o risco” esclarece a nossa convidada.

Em relação aos outros cancros “é importante seguir um protocolo de pesquisas nomeadamente do vírus Epstein–Barr, fazer imunização do HPV e uma proteção do sol para vigiar e diminuir a probabilidade de desenvolver” os outros cancros.

Veja a entrevista completa no novo episódio de “Dar a Volta à DII”