A probabilidade de se desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afete pessoas de todos as classes etárias. Aprenda a preveni-lo. Este é uma variante grave do cancro da pele que atinge os melanócitos (células que dão cor à epiderme). Se não for detetado a tempo, pode ser mortal. Nos casos mais graves, produz metástases noutros órgãos, espalhando-se através do sangue ou do sistema linfático.

De acordo com dados divulgados nos últimos anos, o número anual de novos casos ronda os 9.000. Em média, segundo alguns especialistas, 30 novas pessoas por dia são afetadas. Um número preocupante que tende a aumentar mais. A crescente moda das corridas e da prática de desportos ao ar livre também tem vindo a contribuir para o aumento de novos casos de cancro de pele.

«Entre os tumores mais frequentes, e com uma forte relação com a exposição solar ao longo dos anos, encontram-se o carcinoma basocelular e o carcinoma espino-celular. O melanoma maligno, a forma mais perigosa de cancro cutâneo, é menos frequente», refere Pedro Serrano, dermatologista. Este tipo de cancro «está mais associado á exposição intensa por curtos períodos», alerta ainda o especialista.

«Sobretudo em pessoas de pele clara, sardentas e com dificuldade em bronzear», sublinha ainda. «É importante prevenir as queimaduras solares e vigiar regularmente os sinais atípicos e, caso se note alguma alteração, deve consultar-se um dermatologista», recomenda ainda o especialista, que defende que ninguém deve estar estar exposto diretamente ao sol «no período entre as 11h30 e as 17h30», averte.

Causas

A sua origem pode ser genética (ligado à história familiar) mas, em muitos casos, é ambiental. É provocado por uma exposição excessiva à radiação solar e pode ser retroativo (uma queimadura solar sofrida na infância pode provocar um melanoma em idade adulta).

Sintomas

Pode aparecer num sinal antigo ou num novo, com alterações no tamanho, forma ou cor, com exsudação ou sangue, ardor, dor ao toque e volume.

As várias formas de combater o melanoma

Estas são as mais comuns:

- Tratamento cirúrgico

Remoção cirúrgica do tumor primário, acompanhada de quimioterapia ou radioterapia.

- Terapia biológica

Também conhecida como imunoterapia, é uma técnica muito recente e tem como objetivo fazer com que o próprio organismo combata o cancro. Utilizam-se materiais como o interferão para impulsionar ou direcionar as defesas do corpo contra o tumor. Esta terapia melhora as hipóteses de cura em cerca de 10%.

Prevenção

O melanoma pode ser prevenido desde a infância através de uma proteção solar adequada. As pessoas de pele muito branca, as que trabalham ao ar livre e os desportistas devem ter cuidados redobrados.