Existem mais de 100.000 homens portugueses que sofrem de algum grau de incontinência urinária. Quando tal sucede, a sua vida passa a estar determinada pela maior ou menor dificuldade em aceder a uma casa de banho. "O problema pode ter duas formas. Uma delas é a incontinência por imperiosidade, que está geralmente associada a problemas de bexiga ou próstata que determinam perdas urinárias súbitas e incontroláveis", explica o urologista Nuno Monteiro Pereira.

Já a incontinência de esforço, que surge quase sempre após cirurgia da próstata, caracteriza-se, geralmente, por perdas de urina em gestos e situações tão simples como tossir, espirrar, correr ou saltar. "Quando as perdas são grandes, é necessário recorrer a pensos, bolsas ou fraldas", afirma o médico. "As algálias só são utilizadas em situações muito graves, esclarece. "A medicação oral só resulta na incontinência por imperiosidade", defende ainda o especialista.

Nos casos de incontinência de esforço, também há cuidados a ter. "Pode ser tentada a reabilitação muscular e esfincteriana, realizada em centros urológicos especializados", aconselha Nuno Monteiro Pereira. "Se falhar, deve ser ponderada a cirurgia, nomeadamente com implantação de esfíncter artificial", esclarece ainda o urologista. Apesar de afetar muitos homens, este distúrbio perturba e condiciona essencialmente a vida de muitas mulheres, sobretudo a partir dos 45 anos.