Marcada pela dor e cansaço, a fibromialgia é sete vezes mais comum nas mulheres do que nos homens.
Significa dor (algia) que vem dos músculos (mi) e tecidos fibrosos (fibro), como tendões e ligamentos. Normalmente, múltiplas áreas do corpo são afetadas pela dor e algumas pessoas sentem-na «por todo o corpo». Na maioria dos casos, envolve outros sintomas, sendo por isso também chamada síndrome da fibromialgia.
Regra geral, é uma condição crónica que, por não afetar as articulações, não pode ser classificada como doença reumática. Esta patologia afeta, em média, cerca de cinco por cento da população, segundo vários estudos internacionais.
Causas
Ainda não são conhecidas. Estudos demonstraram que os doentes têm mudanças subtis em substâncias químicas no sistema nervoso. Tendem a ter maior quantidade de um neuropeptídeo no líquido que banha o cérebro e a espinal medula, uma substância que pode estar envolvida na forma como as mensagens de dor são transmitidas para o sistema nervoso central. Crê-se que há uma hipersensibilidade aos sinais de dor no cérebro que se deve a pequenas alterações na química cerebral. Não se sabe o que as desencadeia.
Sintomas
Para além da dor, destaca-se a rigidez matinal, o cansaço e a má qualidade do sono que provocam falta de concentração. Para além disso, outras condições ocorrem em simultâneo, sendo comum o aparecimento de dores de cabeça, bexiga irritável, síndrome do intestino irritável (dores abdominais, algumas vezes com diarreia ou obstipação). Ocorrem também parestesias nos dedos das mãos e/ou dos pés, e, em alguns casos, depressão ou ansiedade.
Doenças associadas
A fibromialgia está associada a outras síndromes de sensibilidade centrais como a síndrome de fadiga crónica, do intestino irritável, dismenorreia primária, dor na articulação temporomandibular, dores de cabeça/enxaqueca, stress pós-traumático.
Além disso, esta doença está relacionada com distúrbios de humor, transtornos de ansiedade e a doenças inflamatórias sistémicas, tais como a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistémico e hepatite C crónica, entre outros.
Diagnóstico
Não existem testes laboratoriais, sendo essencial que o médico recolha a história clínica e que inspecione os pontos de dor característicos da fibromialgia, como pescoço e costas. Algumas análises sanguíneas poderão ser pedidas, em caso de suspeita de desregulação da tiroide ou de processo artrítico precoce.
Tratamento
Não há cura única para a fibromialgia. As estratégias terapêuticas visam reduzir os sintomas, devendo ser adotadas sob supervisão médica.
Exercício
Caminhadas, ciclismo e natação são a melhor opção. Alongamentos, pilates ou yoga também podem ajudar.
Fisioterapia
Os tratamentos em meio aquático demonstraram melhorar os sintomas. Em www.fisioinforma.com encontra exercícios para a fibromialgia.
Terapia cognitivo-comportamental
Trabalha os pensamentos e comportamento, de forma a lidar-se eficazmente com a fibromialgia.
Analgésicos
O paracetamol, e analgésicos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, podem ajudar a aliviar a dor.
Antidepressivos
São usados para aliviar a dor, melhorar a função geral e ajudar na regulação do sono.
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