Apesar de não ser um problema forçosamente associado ao envelhecimento, segundo dados internacionais, entre 15 a 20% das pessoas idosas que vivem de forma autónoma, manifesta sinais clínicos de depressão.

Este número aumenta no seio de indivíduos que têm problemas de saúde considerados graves, cerca de 25%. Esta é também a percentagem de idosos que tende a sofrer de depressão numa fase inicial após o diagnóstico de doença de Alzheimer.

Maria João Quintela, médica e presidente da Associação Portuguesa de Psicogereontologia, identifica os sinais de alerta a que deve estar atento:

- Mudança no ritmo do sono

- Falta de vontade de sair, de se arranjar e de conviver

- Baixa autoestima

- Agitação, ansiedade exagerada

- Diminuição da capacidade de concentração

- Preocupação excessiva e irritabilidade fácil

- Perda de apetite

- Consumo exagerado de bebidas alcoólicas

- Falar frequentemente em depressão ou suicídio


Recomendações a ter em conta

Conselhos que deve seguir para travar a depressão na terceira idade:

- Cuide de si e procure o apoio de um familiar ou amigo e de um profissional de saúde. Podem ajudá-lo a não ser tão pessimista e a encontrar soluções.

- A Linha SOS Voz Amiga (800 202 669), também disponível em www.sosvozamiga.org, tem profissionais disponíveis para ouvir e apoiar.

- Não tome atitudes precipitadas em momentos de maior desespero.

- O tratamento atempado da depressão permitir-lhe-á voltar a sentir-se feliz e capaz de enfrentar os problemas com ânimo.

- A ameaça de suicídio deve ser levada muito a sério e requer aconselhamento médico urgente.

Revisão: Maria João Quintela (médica e Presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia)