Para proteger o seu coração de um enfarte, é importante praticar actividade física regularmente. Experimente realizar caminhadas diárias de 4 kms que se traduzam numa actividade física moderada.
Este tipo de exercício pode também ser substituído por uma actividade de ginásio (dança, yoga, entre outras), mas que seja da sua preferência, explica Luís Negrão, médico de Saúde Pública e assessor da Fundação Portuguesa de Cardiologia, «porque a mudança comportamental só se consegue fazer desta forma».
Ao nível da alimentação há três aspectos cruciais que deve considerar :
1) Retire o sal. Elimine-o da sua alimentação. Se optar pela sua utilização, recomenda-se uma ingestão até 5 gramas de sal por dia. Atenção! O sal vem disfarçado na composição de alguns alimentos e até de alguns tipos de água.
A água lisa quase não tem sódio, por oposição à água gaseificada. Vale, assim, a pena, ler atentamente o rótulo dos produtos alimentares e verificar se existe o nutriente sódio.
2) Modere a ingestão de álcool. Não substitua a água pelo vinho. Ingira-o com a máxima moderação. Isto porque, apesar de a ingestão de um copo de vinho a uma das refeições ser considerada benéfica para a prevenção de doenças cardiovasculares devido aos seus antioxidantes, é preferível obtê-los através do consumo de frutas e legumes, devido ao risco associado à ingestão excessiva de álcool.
3) Inclua e aumente o consumo de:
- Sopa: A sua ingestão é saciante, ou seja, se iniciar a refeição com uma sopa, a quantidade de comida ingerida é menor. Uma sopa de legumes ou de hortaliças é uma excelente opção.
- Fruta: É a sobremesa de eleição para fechar da melhor forma a refeição.
- Peixe: É preferível comer mais peixe do que carne. Cuidado com o bacalhau, tem muito sal.
A realização de rastreios é fulcral, porque estes servem para alertar para um problema de saúde. Mas mais importante ainda é a auto-vigilância, isto é, o próprio controlo individual do peso e níveis de tensão arterial, colesterol, diabetes e triglicéridos.
Se é saudável, não fuma e tem um estilo de vida equilibrado, deve medir a sua tensão arterial duas ou três vezes por ano e fazer análises ao sangue de dois em dois anos ou de cinco em cinco. Se andar medicado, deve vigiar-se com mais regularidade, de acordo com as indicações do seu médico assistente.
Texto: Daniela Gonçalves com Luís Negrão (médico de Saúde Pública e assessor da Fundação Portuguesa de Cardiologia)
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