A alopecia androgenética é o inimigo número um do sexo masculino e consiste no enfraquecimento do cabelo que dá lugar progressivamente à típica calvície masculina.
Deixa cada vez mais cabelos na almofada e os novos nascem mais finos que o normal.
Pouco a pouco, o cabelo deixa de crescer definitivamente em zonas como as entradas e o topo da cabeça.
A herança genética e as hormonas masculinas são as principais responsáveis. Durante o ciclo normal de renovação capilar, a testosterona está encarregue de deter o processo de crescimento do cabelo para que este entre na fase de repouso.
Não obstante, o verdadeiro factor que determina que alguns homens fiquem carecas e outros não, não é tanto a quantidade de testosterona mas sim a sensibilidade do bolbo piloso. A esta junta-se a diminuição da irrigação sanguínea, que ocasiona o envelhecimento prematuro do bolbo piloso. Com o passar do tempo, este fica tão atrofiado que deixa de fabricar cabelo.
Regras-chave
Inibir a acção hormonal: Os tratamentos antiqueda, que podem complementar-se com um champô, útil na manutenção, agem em duas frentes. Por um lado, impedem a acção da enzima 5 alfa-redutase, que é responsável pela transformação da testosterona em dihidrotestosterona (DHT), a sua forma mais activa e potente (é o que faz o famoso medicamento para a calvície Propecia) e por outro lado, dificulta a captação de testosterona e de DHT por parte do bolbo piloso.
Melhorar a irrigação sanguínea: Os pontenciadores da microcirculação, que incluem os antiqueda, melhoram o aporte de oxigénio e de nutrientes ao bolbo, mantendo-o jovem por mais tempo, estimulando-o e fornecendo-o com a matéria-prima necessária para gerar matéria capilar nova e melhor.
Reforçar o cabelo e regular a secreção de gordura: São acções complementares que, apesar de não tratarem directamente o problema, ajudam a melhorar a qualidade do cabelo e a aliviar os sintomas que costumam acompanhar a alopecia ou agravá-la.
Repô-lo onde falta: A única solução definitiva é o auto-transplante, que consiste em injectar na zona afectada cabelos procedentes de um pedaço de pele extraído da nuca, zona onde estão programados geneticamente para resistir muito mais tempo sem cair. Trata-se de uma pequena cirurgia que, hoje, oferece bons resultados e que deixa uma cicatriz imperceptível. O seu principal inconveniente é o custo, que pode superar os 6000 €.
No futuro, pode evitar-se a extracção da pele, mediante a clonagem de cabelo a partir da divisão de um só folículo, mas tem que se esperar que esta técnica se aperfeiçoe e esteja disponível ao público.
Os tratamentos
1. Transplante capilar
É uma cirurgia simples, ideal para os casos nos quais já não é possível reanimar os folículos pilosos. Consiste em extrair cabelo da zona doadora, geralmente, a nuca, e transplantá-lo para a zona calva.
2. Sistemas de integração de cabelos naturais sem cirurgia
Este método consiste em integrar cabelos do cliente com outros cabelos naturais com uma textura e cor idênticas à sua. É uma alternativa eficaz para diversos tipos de calvície.
3. Mesoterapia Capilar
Aplicação de remédios no couro cabeludo para combater a queda de cabelo de forma a estimular o nascimento de novos fios de cabelo.
Texto: Rita Caetano
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