Sob a forma de xarope, gotas orais ou pastilhas, os antitússicos podem ser usados «em caso de tosse seca, persistente e muito incómoda», indica a farmacêutica Cristina Azevedo.

Estão indicados em caso de irritação brônquica com ataques de tosse, em particular à noite. Incluem os de ação central não estupefacientes (dextrometorfano, butamiratoe oxolamina) e os de ação periférica (dropropizina e a levodropropizina). O custo deste tipo de medicamentos situa-se entre os 6,50 e os 9,50 €.

Quanto às doses indicadas, no caso do dextrometorfano deve tomar até 120 mg/dia (10 mg a 20 mg de quatro em quatro horas ou 30 mg cada seis horas). Se optar por levodropropizina, a dose indicada corresponde a 60 mg, três vezes por dia. Sonolência, fadiga, tonturas e, em caso de sobredosagem, excitação, confusão e depressão respiratória (dextrometorfano) são alguns dos efeitos secundários que podem ser provocados pelos antitússicos. O dextrometorfano pode ainda interferir com antidepressores, IMAO (antidepressivos) e amiodarona (antiarrítmico).

Está contraindicado «em caso de hipersensibilidade ao princípio ativo e de depressão respiratória. deve ter precaução nos casos de tosse crónica ou com excesso de secreções», refere a especialista. Use este tipo de medicamentos apenas para aliviar a tosse muito incomodativa, no máximo durante cinco dias. Pare mesmo de tomar e procure o médico «se a tosse for acompanhada por muito muco, se este tiver cor amarelada, esverdeada ou com sangue, se sentir dores no peito ou se tiver dificuldade respiratória ou febre», refere Cristina Azevedo.

Texto: Sónia Ramalho com Cristina Azevedo (farmacêutica)